Covid-19: Regional de CM registrou 5.906 casos e 18 mortes em 2023. Saúde alerta para vacinação
Com a baixa de confirmações e mortes por Covid-19, com o avanço da imunização, o coronavírus parece estar passando ‘despercebido’ e até ‘esquecido’ pela população, que em sua maioria abandonou a prevenção, como principalmente a vacinação. O que preocupa a Saúde. De acordo com dados da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, para se ter ideia, em 2023 foram confirmados 5.906 novos casos da doença nos 25 municípios da Comcam que resultaram em 18 óbitos. Ou seja, o vírus está circulante e continua causando mortes.
A chefe da 11ª Regional da Saúde, Cristiane Gradella, informou que a cobertura vacinal de reforço da dose bivalente na região, na população em geral, era de apenas 13,53% até dezembro de 2023, conforme dados do Ministério da Saúde, acessados no dia 4 deste mês. Ou seja, um índice bastante baixo, considerando a gravidade da doença e a importância da vacinação.
Desde o início da pandemia, conforme dados da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa-PR), a Comcam registrou 95.004 casos confirmados de coronavírus. Desses, 93.311 foram recuperados e 425 estavam ativos até o fim de dezembro. A região contabiliza um total de 1.250 óbitos até agora.
Cristiane ressalta que a melhor forma de prevenção continua sendo a vacinação, especialmente da população mais vulneráveis, os chamados grupos prioritários. “Outras medidas simples devem ser mantidas como lavagem das mãos, etiqueta respiratória (sempre espirrar no braço ou levar a mão a boca quando for espirrar), uso de máscara se sintomático e o uso de álcool gel”, orientou.
Calendário Vacinal
A chefe da Regional informou que a partir deste mês a vacina Covid-19 pediátrica foi incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação. A medida foi tomada com base em evidências científicas mundiais e dados epidemiológicos de casos e óbitos pela doença no País.
De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), a vacina Pfizer passa a ser obrigatória para crianças entre 6 meses e 4 anos. O esquema vacinal será composto por três doses (D1, D2 e D3), sendo que entre a D1 e D2 a aplicação deve ocorrer com intervalo de quatro semanas, já entre a D2 e a D3 esse espaço deve ser de oito semanas.
Com isso, a partir deste mês todas as crianças acima dos 6 meses devem receber as doses do imunizante. “É valido reforçar que as vacinas são as responsáveis por evitar os casos mais graves e óbitos, sendo assim, é muito importante que todas as crianças nessa faixa etária, público muito mais suscetível as formas mais graves da doença, sejam contempladas com a vacina em toda a região”, alerta Cristiane, ao lembrar que todos os municípios estão abastecidos com as vacinas.
A recomendação desta vacina para crianças nesta faixa etária ocorre desde dezembro de 2022. Até a semana passada foram aplicadas 385.978 doses (entre D1, D2 e D3) em uma população estimada em 687.475 crianças no Paraná. A cobertura vacinal de 1ª dose para o público de 6 meses a 2 anos de idade é de 21,72% e para a população de 3 a 4 anos é de 41,12%, sendo que a meta preconizada pelo Ministério da Saúde é de 90%.
De acordo com dados do Informe epidemiológico da Sesa, até novembro de 2023 o Paraná registrou 90.455 casos confirmados de Covid-19 em crianças de 0 a 4 anos, sendo que 67 foram a óbito em todo Estado.
Grupos prioritários
A dose de reforço é oferecida a grupos prioritários acima de 5 anos de idade, sendo eles: gestantes e puérperas, trabalhadores da saúde, imunocomprometidos, idosos (60 anos ou mais), indígenas, ribeirinhos, quilombolas, pessoas vivendo em instituições de longa permanência (e seus trabalhadores), pessoas com deficiência permanente, pessoas com comorbidades, pessoas privadas de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do Sistema de privados de liberdade, e pessoas em situação de rua.
