Dengue avança na região. São 2,2 mil casos em investigação e 423 confirmados

O boletim semanal da dengue, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), traz o registro de 75 novos casos da doença na Comcam, aumentando para 423 o número de confirmações. Já os casos em investigação saltaram de 2.051 para 2.269. Isso em uma semana.  

“A situação é preocupante. A população deve redobrar os cuidados não só com o coronavírus (Covid-19), mas também com a dengue. É uma doença que também mata”, alertou o chefe da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Eurivelton Wagner Siqueira. 

Até semana passada a Comcam tinha 348 confirmações da doença. Ou seja, os números demonstram que a dengue segue avançando nos municípios. Na região, as cidades em situação mais crítica são Campina da Lagoa e Ubiratã, com 175 e 186 casos, respectivamente. “Estamos acompanhando a situação em todos os municípios pertencentes à Regional, especialmente estes com maior número de casos”, falou Siqueira, ao se preocupar com a evolução da doença na região. Segundo ele, Campina e Ubiratã já solicitaram apoio do fumacê. O pedido está em análise pela Regional. 

De acordo com o boletim divulgado pela Sesa, as cidades com casos confirmados de dengue são: Araruna (1); Barbosa Ferraz (9); Boa Esperança (4); Campina da Lagoa (175); Campo Mourão (1); Corumbataí do Sul (1); Engenheiro Beltrão (1); Goioerê (1); Iretama (8); Juranda (1); Mamborê (4); Moreira Sales (6); Nova Cantu (1); Peabiru (7); Quinta do Sol (5); Rancho Alegre D'Oeste (1); Roncador (5); Terra Boa (6); e Ubiratã (186).

Os casos em investigação por municípios são: Altamira do Paraná (14); Araruna (14); Barbosa Ferraz (272); Boa Esperança (15); Campina da Lagoa (366), Campo Mourão (68); Corumbataí do Sul (27); Engenheiro Beltrão (58); Farol (1); Fênix (16); Goioerê (148); Iretama (29); Janiópolis (28); Juranda (86); Luiziana (9); Mamborê (52); Moreira Sales (56); Nova Cantu (9); Peabiru (79); Quarto Centenário (5); Quinta do Sol (49); Rancho Alegre D’Oeste (6); Roncador (73); Terra Boa (49); e Ubiratã (740).

No Paraná, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, foram registrados 605 novos casos da doença da última semana para cá. Os dados acumulados no período epidemiológico, iniciado em agosto do ano passado, apontam 4.532 casos confirmados e 9 óbitos, além de 39.366 casos em investigação.

Segundo o Informe da Sesa, 348 municípios do Paraná têm notificações e 226 apresentam casos confirmados de Dengue, 9.771 casos seguem em investigação quanto à definição da classificação final. Conforme o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, a Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, são preocupações constantes da Sesa, com destaque para a orientação de que são doenças que podem ser prevenidas, com a eliminação dos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus.

A Sesa mantém na página dengue.pr.gov.br notas orientativas sobre a doença com importantes recomendações para profissionais da saúde e também para comunidade em geral. 

Quatro notas orientativas estão publicadas e tratam dos temas: Organização da Rede de Atenção à Saúde para o enfrentamento da Dengue no Paraná; Orientações laboratoriais para casos suspeitos de Dengue, Zika e Chikungunya; Integração entre o agente comunitário de saúde e o agente de combate a endemias frente às arboviroses e Recomendações para atendimento de usuários com suspeita de infecção por Dengue e Covid-19.

Sintomas

A dengue se manifesta com a febre, de início abrupto, associada a dores de cabeça, dores musculares, nas articulações, atrás dos olhos e o surgimento de exantemas, que é a vermelhidão pelo corpo.

Os sinais de alerta a Dengue apontando evolução para quadros mais graves associa dores abdominais fortes e contínuas, vômitos, tonturas, sangramentos, queda no número de plaquetas, hipotensão, entre outros.

Na dengue grave, podem surgir sangramentos severos, inclusive hemorragia digestiva, choques e formas de comprometimento neurológico, hepático e cardíaco.