Deputado mostra relatório da luta para incluir região em traçado de ferrovia

Após divulgar sobre suas tratativas em Brasília há mais de uma década para incluir a região de Campo Mourão no traçado da Ferrovia Norte-Sul, o deputado federal Rubens Bueno recebeu algumas críticas nas redes sociais. Houve quem acusasse o parlamentar de estar pegando “carona” em uma divulgação do governo federal. 

Ele, porém, apresentou relatório da sua participação desde 2012, quando acompanhou o então presidente da Acicam, Marcelo Chiroli, e do presidente da Associação Regional de Engenheiros e Arquitetos de Campo Mourão, Julio Campanha, com o então presidente da Valec, José Eduardo Castelo Branc,. 

“Em setembro de 2012, para nosso espanto, meses depois da reunião com o presidente da Valec, o percurso foi mudado, saindo de São Paulo para o Mato Grosso do Sul e cruzando o Paraná somente na região de Cascavel. Tinham feito um bico de papagaio na espinha dorsal da ferrovia”, relata Bueno. 

Segundo ele, em agosto de 2015, sob sua articulação houve grande pressão da bancada federal do Paraná junto ao Ministério dos Transportes. Então a Valec (estatal responsável por comandar os projetos ferroviários no país), voltou a incluir várias cidades do Paraná no traçado. “Neste percurso, os trilhos do projeto voltaram a cruzar regiões próximas a Campo Mourão, Maringá, Cascavel e Pato Branco”, afirma.

Agora, em setembro de 2020, a assessoria da Valec comunicou ao deputado que a região de Campo Mourão está garantida no traçado da Ferrovia Norte-Sul. “A empresa, vinculada ao Ministério da Infraestrutura, definiu que o melhor traçado da via passará por Campo Mourão”, reforça Bueno.

“O trabalho de Rubens Bueno e do grupo de parlamentares foi fundamental para garantir o traçado final da obra, que em alguns momentos teve sua rota alterada para outros estados”, disse o coordenador da bancada paranaense, Toninho Wandscheer (PROS-PR). 

A ferrovia vai integrar o Paraná, o Brasil e o Mercosul dando à região de Campo Mourão mais competitividade e dinamismo na sua produção. Com isso, os custos de transporte diminuirão significativamente. Ganham os produtores e também o comércio e a indústria da região. Sem contar que a obra também deve gerar muitos empregos. 

De acordo com a conclusão do estudo, a ferrovia passará pelos municípios de Maringá, Paiçandu, Santa Teresinha, Floresta, Ivailândia, Engenheiro Beltrão, Peabiru, Campo Mourão, distrito de Piquirivaí, Juranda, Ubiratã, Anahy, Corbélia, Cascavel, São Domingos, Rio do Salto e Três Barras do Paraná, antes de ingressar no território catarinense.

O estudo da Valec ressaltou que a decisão levou em conta que o traçado escolhido, por conta de sua topografia, é o de menor impacto sobre à área de inserção. Também foram levadas em conta as questões ambientais e sociais. O custo estimado de todo esse trecho é de R$ 21 bilhões, incluindo todas as obras e equipamentos ferroviários.