Dono de terreno sujo no centro de CM é multado em mais de R$ 30 mil, após denúncia de moradores à TRIBUNA

Foi ‘salgada’ a multa que a prefeitura aplicou a um proprietário de um terreno baldio com mato alto em pleno centro de Campo Mourão: R$ 31,5 mil. A área, conforme relataram moradores próximos à TRIBUNA, inclusive encaminharam fotos, mais parecia ‘uma floresta’.

Dois dias após o caso ser divulgado, o problema foi solucionado. Pelo menos momentaneamente. É que o mato vai crescer novamente. A preocupação é se o proprietário irá mantê-lo limpo.

O problema era bastante antigo. Vinha tirando a paz de moradores que residem na rua São José e redondezas, entre as Avenidas Manoel Mendes de Camargo e Goioerê, ao lado do “shopping” Pio Bello. O lote, conforme já mencionado, é particular. E o proprietário não vinha cuidando da limpeza.

A prefeitura já havia notificado o proprietário ainda em outubro deste ano, ou seja, há dois meses. Mas mesmo assim, ele fez ‘vista grossa’. As informações são de que o mesmo reside em Maringá. Como não fez a limpeza, a própria prefeitura se encarregou de ‘desmatar’ a área e multá-lo.

A multa foi publicada em órgão oficial. Foram 8.000 UFCM’s de multa, duas por metro quadrado no imóvel. A área possui 4.000 metros quadrados. Considerando que cada unidade fiscal equivale a R$ 3,9437, ele terá que desembolsar R$ 31,5 mil por conta do descaso.

No mesmo dia em que a prefeitura fazia a roçada no local, um dos moradores que fez a denúncia ao jornal fotografou os trabalhadores fazendo a limpeza. Comemorava agradecendo, haja vista o transtorno que o mato alto causava. Além de insetos e outros bichos indesejáveis, moradores em situação de rua que ‘moravam’ no hall de entrada do “Pio Bello”, defecavam no local.

“Boa parte da área estava tomada de m…Isso quando não limpavam as partes íntimas com folhas de mato e saiam deixando pela calçada”, relatou um empresário que mantém seu negócio em frente ao terreno.

Moradores disseram que por várias vezes presenciaram agentes de endemias recolhendo lixos do local que poderiam servir de criadouro do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da dengue. Eles não culpam o município pela sujeira do local, mas pedem que novas multas, e pesadas, sejam aplicadas, caso o problema se repita. “Agradecemos ao município por se sensibilizar com o problema”, disseram.

Denúncia

Para que toda denúncia, nestes casos, seja levada adiante pelo município, o morador deve formalizá-la junto à Fiscalização para que o caso seja encaminhado à secretaria de Meio Ambiente para as providências. Em outras palavras, não adianta só ficar reclamando e não documentar o problema para que seja criado um protocolo (número da denúncia) para prosseguimento. Pelo protocolo, o próprio denunciante pode acompanhar o andamento de sua reclamação.