E viva a democracia

O ritual da democracia tem de tudo. A começar com a obrigação em votar. Pensando nisso, milhares de mourãoenses acordaram cedo buscando suas seções de voto. E aquela sugestão em priorizar a eleição até as 10h da manhã aos idosos, foi esquecida. Era comum gente da melhor idade gritando a procura da fila de prioridades. Em alguns casos, foram embora. Sem votar. 

Filas aconteceram. Como no caso do Colégio Oswaldo Cruz. Lá, uma única sala uniu duas seções, a 192 e a 116. Pessoas permaneceram até 25 minutos a espera do voto. E, num mundo “pandemizado”, não existiu distanciamento social. Embora papéis colados nas paredes pedissem as regras sanitárias, a galera não fez questão em obedecer.  

Foi uma eleição diferente das outras. Agora, todo mundo está mascarado. Para os mesários autorizarem o voto, foi preciso tirar as máscaras. Comprovar quem você era. Cada um levou sua caneta. E, álcool gel tinha a disposição. 

Mas se as coisas mudaram, outras não. E continuam do mesmo jeito. Como a velha prática da boca de urna. No Colégio Vinícius de Moraes, cabos eleitorais de um candidato se aproveitaram da falta de canetas dos eleitores. E as distribuíram, gratuitamente. Um gesto bonito. Simpático. Mas desprovido de bom senso. As canetas vinham com o número do sujeito.  

O lado positivo, ficou pela limpeza. Se antes os locais de votação amanheciam repletos de santinhos e material de divulgação, desta vez, o dia clareou sem lixo. Talvez os papeis tenham sido todos distribuídos antes do tempo. Vai saber.