Em 3 anos e meio, 13,6 mil deram entrada no seguro-desemprego

De janeiro de 2017 até 30 de junho de 2020 um total de 13,6 mil pessoas deram entrada no seguro-desemprego via Agência do Trabalhador de Campo Mourão. Os números fazem parte de um relatório de prestação de contas divulgado pela Agência sobre o atendimento nesse período.

“Em três anos e meio também há casos da mesma pessoa ter solicitado o benefício mais de uma vez”, observa o chefe da Agência, Alexandre Galland. Segundo ele, nesse período a Agência registrou 73,6 mil atendimentos diversos, com 25,4 mil encaminhamentos de candidatos a emprego ao mercado de trabalho. Foram 3,4 mil colocações confirmadas pelos empresários, mas a Agência estima mais 1,3 mil colocações que não foram comunicadas.

No caso do seguro-desemprego, ele observa que só tem direito ao benefício quem é demitido sem justa causa. “Quem pede a conta não tem direito”, esclarece. O benefício é liberado pela Agência após um cálculo que leva em conta os tempo de trabalho, considerando a média dos  salários dos três meses anteriores à data da dispensa. “Geralmente a pessoa usufrui de 3 a 5 parcelas, conforme o caso”, ressalta. 

O trabalhador pode dar entrada no seguro-desemprego 7 dias após a demissão e início do recebimento é de até 30 dias após dar entrada. Galland alerta que fraudar o benefício é crime, como ser contratado sem registro para continuar recebendo o seguro-desemprego. Conforme o Ministério Público Federal (MPF), o recebimento indevido do auxílio pode configurar estelionato, com pena que pode chegar a 6 anos e 8 meses de prisão.

Galland frisa ainda que a Agência oferece cursos de qualificação profissional, mas tem encontrado dificuldades para fechar turmas. Um exemplo foi o curso gratuito de mecânica automotiva, realizado no ano passado, em uma unidade móvel na Praça São José.. “Foi um sufoco para preenchermos as vagas de última hora, depois de todo um trabalho em busca de parcerias para viabilizar um curso cuja mão-de-obra está em falta no mercado”, exemplifica.