Em live, bispo incentiva fiéis a contribuírem com o dízimo

O bispo diocesano Dom Bruno Elizeu Versari, que também integra a Pastoral do Dízimo na Regional CNBB Sul 2, fez uma live nas redes sociais nesta terça-feira (22), onde incentivou os fiéis a colaborarem com a manutenção das paróquias por meio do dízimo. Como neste ano não haverá o Congresso Diocesano por conta da pandemia, ele reforçou sobre a importância dos católicos contribuírem para manter os serviços da igreja. 

“O dízimo deve ser visto sempre como caminho de evangelização”, disse dom Bruno. Ele apresentou como símbolo um coração dividido em quatro partes, que é uma reflexão proposta em documento da CNBB sobre o dízimo em quatro dimensões: religiosa, missionária eclesial e caritativa.

Durante a live o bispo citou trechos bíblicos sobre o tema e fez um retrospecto sobre a história da colaboração dos fiéis para manutenção das despesas da igreja. “No passado, quando a igreja foi separada do Estado, a manutenção, as construções, reformas tornou–se um grande desafio. Isso porque o Estado continuou recebendo impostos, mas as igrejas ficaram sem recursos, aí surgiu a necessidade de festas dos padroeiros e promoções para arrecadar recursos”, sintetizou.

Dom Bruno, porém, já disse desde que assumiu a diocese, que é contra a dependência de festas para manter as paróquias. E na live ele citou a própria experiência. “Eu passei oito anos estudando na Faculdade e quando me tornei padre minha primeira comunidade tinha costume de quermesses e promoções para fazer frente a despesas, como era comum. Mas a experiência não foi positiva porque havia muito desentendimento”, relatou o bispo. 

O assessor diocesano do dízimo, padre Pedro Speri, também participou da live  e explicou que o dízimo foi implantado oficialmente na diocese de Campo Mourão em 2001. “Até então eram realizadas festas, bingos, rifas e tantas outras promoções para manter as paróquias. Hoje o dízimo é uma realidade em nossa diocese e graças a Deus, as festas, bingos e promoções foram se extinguindo”, frisou o padre.

 “Muitas pessoas vão longe em peregrinações para buscar bênçãos e para isso gastam recursos. Como passeio é gratificante, mas para a bênção, encontramos aqui mesmo”, frisou Dom Bruno, ao acrescentar que a Bíblia, no novo testamento, não indica a medida para o dízimo. “A medida é o coração. É isso que diz São Paulo na 2ª carta aos Coríntios”, enfatiza.

Ele também lembrou aos padres a importância de prestar contas do que é arrecadado com o dízimo. “Aqui na diocese fazemos a prestação no Jornal Servindo”, informou.