Estande de tiro em espaço aberto está quase pronto em Campo Mourão

Está previsto para ser inaugurado no mês de abril o novo estande em espaço aberto da Associação de Tiro Esportivo de Campo Mourão (Atecam). No terreno, cedido pelo município às margens da Estrada Boiadeira, os investimentos da associação ultrapassam R$ 200 mil. “Estamos concluindo a parte de cobertura, banheiros e instalações dos acessórios para a prática de tiro”, explicou o presidente da Atecam, Alessandro Gonçalves.

A associação, fundada há 21 anos, utilizava um espaço também cedido pelo município na Vila Guarujá. Mas há pouco mais de um ano o terreno foi repassado ao Tribunal de Justiça do Paraná para implantação de uma usina de energia solar que está em fase de projetos. Enquanto o novo espaço não fica pronto, os treinamentos de tiro são praticados no estande fechado, pertencente à Atecam, na saída para Maringá, próximo ao trevo da Coamo.

“Nosso estande não perde para os melhores disponíveis no Brasil”, afirma Alessandro. Segundo ele, atualmente a Atecam conta com mais de 300 filiados, devidamente legalizados, que mantêm o clube de tiro com pagamento de anuidade no valor de R$ 700,00. “O clube está à disposição dos associados e é usado também pelas forças de segurança da cidade, como polícias Militar, Civil e Tiro de Guerra”, informa.

O presidente lembra que pela norma em vigor a pessoa que pretende obter um certificado de registro de atirador esportivo tem que frequentar o clube pelo menos oito vezes por ano. “Aqui temos o livro para registrar o dia, quantidade de tiros, arma usada, etc. É uma atividade extremamente controlada e fiscalizada pelo Exército”, esclarece.

Armas

Alessandro também comenta sobre a nova legislação federal a respeito de posse de armas que entra em vigor no dia 12 de abril. “Não há mudanças significativas em relação a lei em vigor. A lei do desarmamento não proibiu o cidadão ter arma. Sempre foi permitido comprar, ter na residência ou local de trabalho”, observa.

Ele reforça que muitas pessoas se enganam ao acharem que a nova legislação facilita ao cidadão sair armado, liberado para atirar. “O decreto presidencial desburocratizou um pouco a aquisição de armas, mas o Exército continua com o controle”, explica Alessandro, que pratica tiro há 23 anos e já representou o Brasil até em campeonatos internacionais, como em Portugal, Estados Unidos e França.

Ele admite, porém, que aumentou muito a procura por armas e isso influenciou também o preço de mercado. “As estatísticas mostram que o número de registros subiu quase 100 por cento. Mas também se deve ao fato do assunto estar na mídia, o que não acontecia em governos anteriores. Agora as pessoas ficam sabendo e isso desperta o interesse”, completa, ao acrescentar que também aumentou a procura pela associação.