“Graças a Deus a tempestade passou”, diz coordenadora do Lar dos Velhinhos
Há 40 dias sem registrar mais casos de Coronavírus, a diretoria do Lar dos Velhinhos Frederico Ozanam, de Campo Mourão, sente ter acordado de um pesadelo. Dos 37 internos contaminados, 26 se recuperaram da Covid-19. A doença, porém, matou 11 idosos e contaminou 14 funcionários, dos quais 13 deles já se recuperaram e voltaram ao trabalho. Atualmente 44 internos moram no Lar.
“Graças a Deus a tempestade passou. Não temos mais nenhum caso positivo e esperamos não voltar a ter”, salienta a coordenadora do Lar, Renata Calsavara. Ele reforça que a entidade vem adotando os protocolos de segurança recomendados pelas autoridades de saúde desde o início da pandemia. As visitas continuam suspensas, assim como novas admissões.
A coordenadora ressalta que a entidade continua recebendo (e necessita) ajuda da comunidade nesta fase pós-Covid. “Neste momento temos que suplementar os idosos com Nutrem 1.0 devido a perda de peso por conta da doença”, explica. Sensibilizados com a situação, várias instituições e voluntários da comunidade se organizaram para ajudar o Lar, tanto financeiramente quanto com produtos alimentícios, higiene e limpeza.
Cuidar de pessoas idosas abrigadas em lares, privadas de contato com visitas, é mais um desafio causado pela pandemia de Coronavírus, que obrigou o distanciamento social. Segundo Renata, por conta da idade, grau de instrução e até problemas de saúde, a maioria não tem capacidade de compreender a situação. E isso acaba gerando mais nervosismo e agitação de alguns.
Renata lembra que a necessidade de isolamento torna o trabalho diário dos colaboradores mais difícil. “Eles gostam de receber visitas e precisam mesmo dessas visitas, mas infelizmente nesse momento temos que fazer de tudo para preservá-los porque sabemos o quanto são vulneráveis”, pondera.