Mãe pede ajuda para o filho fazer transplante de córnea; ‘ele pode ficar cego’, diz, aflita
Apreensiva, a moradora de Campo Mourão Simone Antunes está em busca de ajuda para custear o transplante de córnea que seu filho, Vinycios Antunes da Silva, de 21 anos, precisa fazer para tentar salvar a visão de um dos olhos. O jovem foi diagnosticado com ceratocone avançado – uma doença progressiva que provoca deformação e afinamento da córnea, podendo levar à perda severa da visão se não tratada. “Ele pode ficar cego”, diz, aflita, a mãe.
Ela, que é conhecida por ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade na cidade, com o grupo independente de voluntariado “Anjos Anônimos”, agora, recorre à solidariedade da comunidade para pagar o tratamento de seu filho, orçado em cerca de R$ 35 mil.
A intenção de Simone é fazer rifas beneficentes. Ela disse que já está em busca de prêmios para serem sorteados. Os interessados em colaborar podem entrar em contato com ela pelo número (44) 9930-6479. Doações voluntárias, de qualquer valor, também são bem-vindas e podem ser feitas via Pix para a chave: 44999702880 (Simone de Freitas Antunes).
Em um dos olhos, a visão de Vinycios já está quase totalmente comprometida. Já no outro, ele realizou uma cirurgia de crosslinking para tentar estabilizar, mas, segundo Simone, os médicos reavaliaram e a cirurgia não surtiu o efeito esperado. Conforme explicou, o transplante é a única alternativa, já que a doença atingiu um estágio crítico. “Agora, não tem mais o que ser feito a não ser o transplante de córnea. O médico disse que se ele demorar mais de seis meses a um ano, pode perder totalmente [a visão]”, relatou, preocupada.
Conforme os exames médicos realizados ainda em 2022 e apresentados ao jornal pela família, a doença afetou gravemente o olho esquerdo do jovem, que, naquele momento, apresentava ceratometria de 59,8 x 68,4 e astigmatismo total de 8.6D, sendo classificado com ceratocone avançado e opacidade da córnea central.
Já no olho direito, os exames mostraram ceratometria de 52,1 x 58,4 e astigmatismo total de 6.3D. O mapeamento de retina, do mesmo ano, já indicava que não foi possível avaliar nenhum dos dois olhos devido à opacidade dos meios, ou seja, quando a córnea fica turva e impede a passagem da luz até a retina.
A situação de Vinycios tem afetado sua rotina e seu estado emocional. “Ele tem essa doença desde os 9 anos, foi usando óculos, óculos… Mas chegou agora em um grau que ele teve que fazer uma cirurgia de crosslinking para tentar segurar a visão, e o outro [olho] já perdeu quase todo. Agora está usando uma lente rígida com 6 graus, mas teve que sair do emprego, pois trabalhava com computador e não está enxergando quase nada”, contou Simone.
Ela explicou que o filho chegou a estudar até o ensino fundamental, mas abandonou os estudos por conta da vergonha da aparência dos olhos, que se tornaram “pontudos”, como descreveu. “Agora saiu uma mancha na menina dos olhos. A doença foi aumentando e ficando com os olhos pontudos. Tem 21 anos e perder a visão nessa idade, quando sempre teve as duas, não é fácil”, lamentou a mãe, ao dizer que toda essa situação também está abalando o emocional do filho.

Ainda segundo os documentos apresentados, o diagnóstico mais recente, realizado em maio deste ano, indica necessidade de transplante penetrante da córnea no olho esquerdo, com o diagnóstico de “opacidade corneana central”. O laudo do Hospital de Olhos de Curitiba informa que, mesmo com correção, a acuidade visual de Vinycios no olho esquerdo é muito baixa, restando visão apenas de dois metros de distância.
A mãe, que também perdeu a visão de um dos olhos na infância, relatou o medo de ver o filho passar pela mesma experiência na vida adulta, por isso, pede ajuda para arcar com o custo elevado do tratamento cirúrgico.
“A vida não tem preço, mas infelizmente não temos esse valor para arcar com os gastos. É triste, mas só nos resta ter fé e conseguir ajuda de amigos, parentes e pessoas de bom coração. Pelo meu filho, faço o que tiver que fazer. Uma mãe entra em desespero ao saber que o filho pode passar pelo mesmo problema que ela passou. Hoje em dia, a tecnologia está avançada, então, eu vou lutar e correr até onde for preciso para que meu filho não fique cego como eu infelizmente fiquei”, desabafou Simone.
Serviço
Para ajudar com itens a serem sorteados por meio de rifa, basta entrar em contato com Simone pelo número (44) 9930-6479. Doações voluntárias, de qualquer valor, podem ser feitas via Pix para a chave: 44999702880 (Simone de Freitas Antunes).