Mais dois colégios estaduais aprovam sistema cívico-militar em Campo Mourão
Em votação que terminou na noite de quinta-feira (12) os colégios estaduais Marechal Rondon e Osvaldo Cruz aprovaram a implantação do sistema de educação cívico-militar, proposto pelo governo do Estado. No Marechal Rondon foram 815 votos favoráveis e 167 contrários, enquanto no Osvaldo Cruz 174 “sim” e 43 “não”.
Com o resultado, quatro estabelecimentos da cidade terão o novo modelo de gestão escolar a partir do próximo ano, já que os colégios Unidade Polo e Darci Costa também aprovaram. A segunda consulta em Campo Mourão foi autorizada pela Secretaria Estadual da Educação depois que a direção e conselho escolar do Colégio Marechal Rondon fizeram uma mobilização, com apoio até de deputados, para que o colégio fosse incluído na votação.
Dos quatro colégios que tiveram votação na primeira etapa, dois reprovaram o ensino cívico-militar (Vinicius de Moraes e Antonio Teodoro de Oliveira). A proposta do governo tem gerado manifestos contrários da APP-Sindicato dos Professores. A entidade alega que não houve discussão prévia sobre o tema com os educadores.
“No ano passado, quando nem se falava em ensino cívico-militar para Campo Mourão, já aprovamos em Assembleia e temos tudo documentado”, explicou a diretora do Colégio Marechal Rondon, Rita de Cássia Cartelli, ao acrescentar que o número de votantes do colégio ultrapassou o necessário (50 por cento mais um) exigido pelo Estado.
Novo modelo
Segundo a Secretaria Estadual da Educação, as escolas que aprovaram o novo sistema contarão com aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, permitindo aos estudantes que aprendam sobre leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania.
Além de questões curriculares, outra mudança trazida pela nova modalidade de ensino é a gestão compartilhada entre civis e militares.
O diretor-geral e o diretor-auxiliar permanecem sendo civis e as aulas continuam ministradas por professores da rede estadual, enquanto o diretor cívico-militar será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá, também, de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.