Medicina do Integrado se consolida como referência em Simulação Clínica no Paraná

A Simulação Clínica Realística ganha cada dia mais espaço nas faculdades de Medicina pelo país. Seja para minimizar o risco a pacientes reais ou simplesmente para garantir uma segurança maior aos próprios universitários, a Simulação Médica garante diversos benefícios. Em Campo Mourão, o curso de Medicina do Centro Universitário Integrado se consolida como uma referência no assunto, principalmente entre as instituições de ensino da região sul do país.

Durante o fim de semana, o curso de Medicina do Centro Universitário Integrado recebeu representantes de diversas instituições de ensino do Paraná para a I Jornada do Centro de Simulação Clínica (MiniSUN). O MiniSUN (Simulation User Network) é um dos mais tradicionais eventos de simulação clínica realística do país, no qual representantes de diversas faculdades de Medicina podem compartilhar experiências, participar de cursos, workshops e discussões sobre a utilização da metodologia.

Para o coordenador do curso de Medicina do Centro Universitário Integrado, Marco Aurélio Marangoni, o MiniSUN permite a troca de experiências com o intuito de desenvolver e compartilhar boas práticas educacionais. “Nós fomos escolhidos para sediar o evento, que ocorre pela primeira vez em uma cidade do interior do Sul do país, pela Laerdal, que é a maior fabricante de simuladores humanos em saúde do mundo. Eles nos escolheram, principalmente, pela forma como nós estamos incorporando a simulação dentro do currículo médico e pela metodologia que utilizamos para sua condução. Ao contrário de algumas faculdades, que fazem o uso da simulação de forma esporádica ou vinculada a projetos de extensão, nós temos um currículo que inclui a simulação de forma estruturada dentro de nossa proposta pedagógica e matriz curricular”, afirma Marangoni.

O evento contou, inclusive, com a presença da responsável pela Laerdal na América, Sarah Sue E. Miller, que acompanhou o MiniSUN no Integrado. “Ela quis vir conhecer o curso para saber como nós estamos utilizando a simulação na prática, porque os responsáveis brasileiros já conheciam o nosso trabalho, em especial nossa forma de utilização da simulação para o ensino de Habilidades Médicas, para o OSCE (Objective Strutured Clinical Examination) e para o Programa de Pacientes Simulados”, garante Marangoni. Para os professores que participaram, o evento contribuiu muito. Para a docente do curso de Medicina e coordenadora do curso de Enfermagem do Integrado, Damiana Guedes, a troca de experiências foi extremamente importante. “Eu achei o curso fantástico. Eu fiz, no ano passado, o SUN em São Paulo e posso dizer que o nosso não ficou devendo em nada. A troca de experiências trouxe contribuições que, com certeza, agregarão no meu currículo, não somente para dar aula para o curso de Medicina, mas para os outros cursos da área da Saúde. A experiência superou as expectativas e eu já saí com várias ideias”, diz Damiana.

Implantar a Simulação Clínica em cursos de Medicina mais novos é um dos grandes diferenciais para a metodologia dar certo. É o que diz o coordenador do curso de Medicina do Integrado. “O fato de o curso ser novo nos permite incorporar a simulação clínica para o desenvolvimento da matriz curricular de forma estruturada, permitindo a incorporação do que há de mais moderno em termos de metodologias educacionais. Apesar de ainda estarmos no segundo ano de funcionamento, o nosso trabalho já desponta como de grande interesse, com inovações, trazendo o uso mais avançado possível dessas metodologias. É um reconhecimento do trabalho de todos os colaboradores do Integrado, que trabalham exaustivamente em busca da excelência. Nós não queremos formar um médico qualquer, mas um médico especial, que tenha responsabilidade social, que saiba atender adequadamente os pacientes, que possua grande resolubilidade e que tenha uma formação de qualidade. Tudo isso passa pela utilização adequada da Simulação Clínica durante a graduação”, afirma Marangoni.

Universitários do curso também tiveram a oportunidade de participar e auxiliar na organização do evento. “Para mim, participar do MiniSun foi uma experiência nova e diferente. Eu pude ter certeza sobre as técnicas e de como foram aprendidas e, também, o quanto o feedback dado pelos professores após o momento da aprendizagem, ajuda a fixar os acertos e corrigir os erros. Além disso, foi muito bom poder compartilhar com os professores de outras instituições o OSCE, método utilizado pelo Integrado para avaliar a parte prática das habilidades e, assim, contribuir cada vez mais com a formação de profissionais”, destaca a universitária do 2º período do curso de Medicina do Integrado, Tamires de Oliveira.