Mesmo com dengue sob controle na região, população deve redobrar cuidados, alerta Saúde

Embora o número de casos de dengue confirmados na região continue baixo no novo período epidemiológico, que segue até julho deste ano, as chuvas dos últimos dias e o calor, são fatores ideais para a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Situações estas que levam as autoridades em Saúde a pedirem cuidado redobrado à população nesta época contra a dengue, mesmo com o vírus sob controle na Comcam.

Até o momento, a região soma 11 confirmações nas cidades de Barbosa Ferraz (2); Campo Mourão (1); Engenheiro Beltrão (1); Fênix (1); Goioerê (1); Luiziana (1); Moreira Sales (1); Roncador (1) e Ubiratã (2). Foram feitas ainda pelos municípios 669 notificações, das quais 607 foram descartadas.

Ou seja, há em investigação ainda outras 62 notificações da doença nas cidades de Barbosa Ferraz (19); Campina da Lagoa (1); Campo Mourão (14); Fênix (1); Goioerê (6); Janiópolis (4); Mamborê (2); Quinta do Sol (1); Ubiratã (14). A secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), informa ainda que a região tem 87 casos prováveis da doença, que aguardam exames laboratoriais.

“A população precisa estar em alerta 24 horas por dia contra a dengue. Os cuidados não devem se limitar à pandemia da Covid-19 ou à gripe”, alertou o chefe da 11ª Regional da Saúde de Campo Mourão, ao analisar o baixo índice de contaminados com dengue como positivo.

Segundo ele, além do clima que vem contribuindo (poucas chuvas), as ações desenvolvidas pelos municípios também têm surtido efeito. “O fato de se ter baixos casos não quer dizer que os cuidados podem diminuir. Pelo contrário, tivemos chuvas nos últimos dias que com este calor contribui para a disseminação do mosquito. É importante uma verificação diária de seu quintal pelo morador”, alertou Siqueira.

Ele ressaltou que a orientação básica é que a população não deixe quaisquer materiais que possam acumular água nas casas e nos quintais. “Observe com atenção, por exemplo, pneus velhos, pratos ou vasilhas de plantas, caixas d’água, antenas parabólicas, grades/portões, troncos ocos de árvores, objetos em terrenos baldios, piscinas, vasos sanitários, ralos e demais mobiliários e recipientes. A recomendação é cuidar para não acumular água e eliminar todo tipo de recipiente”, orientou.

O ciclo epidemiológico anterior da dengue, iniciado em agosto de 2020 com encerramento em 2021, terminou com redução de 85,4% no número de casos da doença na Comcam. Em 2020, a região registrou 15.463 confirmações contra 2.259 em 2021. No ciclo 20219/20, aliás, a região viveu a pior epidemia de dengue da história. Foram 14 mortes. No período 2020/21, foram dois óbitos pela doença. “Não queremos que o quadro de 2020 volte a se repetir jamais. Por isso todo cuidado é pouco”, acrescentou Siqueira.

No Paraná, conforme o boletim publicado pela Secretaria de Estado da Saúde, são 18.770 casos suspeitos, com 882 confirmações acumuladas. Até o momento, 317 municípios registraram notificações de dengue. Destes 135 confirmaram a doença, sendo que 99 municípios com casos autóctones, ou seja, a dengue foi contraída no município de residência. Há ainda, 3.544 casos em investigação e nenhum registro de óbito neste período.

Dicas de prevenção

* Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
* Retirar água dos pratos de plantas;
* Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
* Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
* Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas, entre outros.