Mulher pede socorro em UPA após ser agredida pelo marido em CM

Um homem agrediu fisicamente a própria esposa nessa quinta-feira (19), próximo à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no jardim Paulista, em Campo Mourão. O autor do crime não foi localizado até o momento. Também não teve a identidade divulgada. Após sofrer as agressões, a vítima procurou socorro junto à UPA.

A Polícia Militar (PM) compareceu ao local da ocorrência após receber uma denúncia anônima. A solicitante informou ter visto um homem agredir uma mulher na rua, próximo à UPA. Em patrulhamento nas proximidades, os policiais foram informados de que a mulher também pediu ajuda na própria Unidade de Saúde.

Com as informações, a equipe fez contato com a vítima no local. Ela falou que o companheiro é usuário de crack e estava bastante alterado, o que teria levado a uma discussão no momento em que as agressões começaram, ainda na residência do casal. O desentendimento iniciou, segundo a mulher, depois de o marido alegar que estaria sendo traído por ela. Em seguida, o homem partiu para cima da vítima com socos e chutes, chegando a rasgar a roupa dela. O acusado teria colocado a vítima para fora da residência do casal.

Ela disse ter conseguido entrar na casa, trocar de roupa e sair para tentar pedir ajuda. Logo em seguida, o autor do crime a encontrou. Continuou com as agressões, chegando a jogá-la no chão e dando chutes contra seu corpo. Conforme relatos da mulher, o companheiro disse que iria levá-la até a mulher do suposto amante.

A vítima alegou, ainda, que o autor a ameaçou de morte, dizendo que iria ‘puxar ela com um fio pela cabeça e sair arrastando na rua’ e ‘que ficaria feliz somente quando a visse se deteriorando no chão’. Enquanto a esposa tentava fugir, ele a puxou pelos cabelos. Mesmo assim, ela conseguiu escapar e correr em direção à UPA, pedindo ajuda. No local, recebeu atendimento. Estava com lesões aparentes nos braços e abdômen.

A mulher relatou aos policias que o autor não deixou ela se alimentar durante todo o dia. Disse estar casada há 19 anos com ele, vindo a sofrer violência doméstica há, aproximadamente, 10 anos. Também declarou estar sendo mantida em ‘cárcere privado’, trancada dentro da residência, sem celular ou televisão, por cerca de um ano, para não ter contato com outras pessoas.

A equipe policial, juntamente com outras equipes de apoio, fez patrulhamento por toda a proximidade da UPA, residência do casal e de seus familiares, porém o agressor não foi encontrado. Diante da situação, a vítima recebeu apoio, sendo encaminhada a um local seguro. Também foi orientada sobre as medidas vigentes na Lei n° 11.340 (Lei Maria da Penha) e a comparecer na Delegacia da Mulher para solicitar medida protetiva.