Municípios farão repasse de R$ 2,5 milhões às Santas Casas de Campo Mourão e Goioerê

Os municípios da Comcam, com exceção de Campo Mourão, farão nos próximos dias o repasse de um aporte financeiro no valor de R$ 2,5 milhões em apoio às Santas Casas de Campo Mourão e Goioerê, hospitais referência na região, no tratamento do coronavírus (Covid-9). A ajuda financeira será para custeio dos leitos de UTI-Covid e pagamento de plantões médicos. 

Os detalhes da transferência serão definidos em reunião online entre os prefeitos, na próxima terça-feira (2), às 15 horas. O presidente do Consórcio Intermunicipal de Saúde da Comcam (Ciscomcam),  Rafael Brito do Prado (MDB), prefeito de Moreira Sales, que convocou a reunião, explicou que Campo Mourão ficou ‘de fora’ porque já fez o repasse de R$ 2,5 milhões ainda no ano passado. 

“Em setembro do ano passado foi feito um pacto entre os municípios de repassarem R$ 5 milhões às Santas Casas da região, onde Campo Mourão pagaria a metade deste valor,  e já pagou, e os outros municípios passaria o restante”, explicou Brito. 

Segundo ele, devido a ‘correria’ do fim de ano por conta das eleições e até mesmo em consequência da pandemia, os municípios fizeram o repasse de apenas R$ 150 mil, em dezembro. “Este é o momento que a região mais precisa ajudar as Santas Casas. Precisamos auxiliar elas que são a porta de entrada dos nossos pacientes. Não tem como deixá-las de lado”, falou.  

Ele comentou que a região está vivendo o pior momento da pandemia e se faz necessária a ajuda financeira a estes hospitais para continuarem atendendo a população. “Com os recursos que estão recebendo, alegam que não estão sendo suficientes para custear os leitos de UTI. Então precisamos dar este suporte”, falou Brito. O valor que cada hospital irá receber será definido durante a reunião.  “Os diretores dos hospitais já estão conversando sobre isso”, frisou.

O presidente do Ciscomcam disse que tem informações de que há médicos que trabalham na UTI-Covid que estão sem receber pelos plantões desde dezembro. “Estamos muito preocupados com esta situação. Este é um problema de todos nós. Quando a Santa Casa entrar em colapso e não atender mais todos nós vamos sofrer as conseqüências”, alertou o prefeito, ao comentar que a situação das Santas Casas da região é caótica.