Pacientes de câncer da região tratados em outras cidades preocupa direção da Santa Casa

Apesar da Santa Casa de Campo Mourão oferecer tratamento oncológico, seis dos 25 municípios da região optaram por levar pacientes para tratamento em Cascavel. São pessoas que necessitam de cirurgia oncológica e tratamento clínico, bem como radioterapia, serviços oferecidos em Campo Mourão.  

A preocupação foi manifestada pelo vice-presidente da Santa Casa, Getúlio Ferrari Junior, durante reunião com secretários de Saúde na semana passada, onde participou justamente para pedir adesão ao seu setor de oncologia. A principal preocupação é que o hospital tem uma cota de atendimento a cumprir, que se não for atingida corre o risco de perder o credenciamento do serviço junto ao Ministério da Saúde.

Estamos melhorando a estrutura cada vez mais e precisamos dos municípios”, frisou. Ele ressalta que em setembro entrará em funcionamento mais um equipamento para radioterapia e mais um médico também foi contratado para atender o setor. Precisamos fortalecer nosso serviço aqui. Estamos bem equipados, inclusive os casos suspeitos que não forem confirmados, o paciente já é encaminhado para atendimento no próprio hospital, explica Getúlio.

Os municípios que levam pacientes para Cascavel são Campina da Lagoa, Goioerê, Moreira Sales, Quarto Centenário, Quinta do Sol e Ubiratã. Veja que tem município que fica a 50 quilômetros de Campo Mourão, que passa por aqui, percorrendo mais de 250 quilômetros para ir até Cascavel levar seus pacientes para um tratamento que temos aqui, observou o vice-presidente.

 

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O secretário municipal de Saúde de Quinta do Sol, Lucas Cenildo, disse à TRIBUNA que atualmente são três pacientes em tratamento em Cascavel. Eles começaram lá e mantivemos até que terminem o tratamento. Mas já está certo que se surgirem novos casos serão levados para Campo Mourão, afirmou o secretário.

Segundo informações da Santa Casa, a média de atendimento está em 730 consultas por mês para triagem, 386 quimioterapias e 1.561 radioterapias. A cota de atendimento para garantir a manutenção do credenciamento, estabelecida em portaria do Ministério da Saúde, é de 640 cirurgias por ano, 5.300 quimioterapias/ano e 43.000 radioterapias/ano. Se não atingir, temos que chegar o mais próximo possível desses números, daí a importância da colaboração dos municípios, completa o vice-presidente.