Paróquia São Francisco e Santuário N. S. Aparecida adotam brasões

A Paróquia São Francisco de Assis, no Jardim Gutierrez, e o Santuário Nossa Senhora Aparecida, ambos de Campo Mourão, adotaram brasões como símbolos de identificação. A iniciativa está prevista no novo Código de Direito Canônico, de 1983, que menciona a exigência de selo nos documentos paroquiais. 

Ao longo da história os brasões tornaram-se de uso comum na identificação de territórios, famílias e foi-se desenvolvendo uma linguagem regulada pela ciência chamada heráldica. No caso específico das artes para as congregações da Igreja Católica, há algumas regras de padrões heráldicos preestabelecidas para caracterizar suas diversas congregações, como priorato, paróquia, diocese, arquidiocese, abadia, basílica, entre outros. 

O brasão da Paróquia São Francisco de Assis foi desenvolvido pelo designer gráfico catarinense Wagner Machado de Oliveira. “Sempre leva-se em consideração a simplicidade, pois ela faz um belo brasão. É de suma importância contar com poucos elementos, mas significativos. Preza-se sempre pela proporcionalidade, pela harmonia, respeito a aplicação das cores e metais”, explica Wagner, que pela primeira vez faz um trabalho para a diocese de Campo Mourão.

Ele ressalta que pelas regras de heráldica, se tratando de uma paróquia, busca-se elementos que caracterizem essa condição, como espiritualidade, o padroeiro, região, cultura, entre outros. Deve ser um simples brasão, adornado quando desejado pelo nome em divisa ou ao entorno como em um selo. 

O da Paróquia São Francisco traz um escudo dividido em três partes, com as cores vermelha, marrom e branca. Sob o escudo, um listel com a inscrição: “15.04 – Paróquia São Francisco de Assis – 1987” e o mote: “Pax et Bonum” (Paz e Bem), que é a saudação de religiosos pertencentes à ordem franciscana.

O padre Wesley Almeida, do brasão do Santuário Nossa Senhora Aparecida, explica que o brasão leva em consideração a condição de Santuário, caracterizada por uma abrangência mais ampla. “As três  divisões do escudo simbolizam o mistério da Santíssima Trindade”, explica o padre. A cruz, que nas celebrações precede a equipe de celebração, está na cor dourada, que representa a realeza e poder de Cristo. 

A divisão vermelha do escudo traz as insígnias episcopais, que é característico de brasão de santuário. A devoção a Nossa Senhora está representada também pela cor azul, do manto da santa. As letras M e A entrelaçadas referem-se à saudação do anjo Gabriel à Virgem Maria.