Ponce: de Campo Mourão para o Brasil

Fundada em 2014, a Ponce Equipamentos atua no desenvolvimento de equipamentos específicos para o uso profissional em estética. “Cria” da Fundação Educere, enraizou-se em Campo Mourão e, aqui, vem alavancando crescimentos expressivos, ano a ano. Hoje, a empresa produz dois produtos: Vitality – aparelho com LED utilizado ao tratamento da Acne, e o Luminance, usado para a técnica de cauterização e de estimulação ao rejuvenescimento da pele. Juntos, os produtos são responsáveis por um faturamento de R$ 2 milhões, em 2020.  

A história da Ponce teve início em 2003. Ano em que os sócios, Luís Danilo de Oliveira, 31, Marcos Adriano, 31, foram alunos da Educere. Tinham entre 12 e 13 anos de idade. Lá, após aprenderem lições de mecânica e eletrônica, passaram a ser amigos. Com o tempo, trabalharam na Cristófoli. E foi somente com a ideia em projetar o invento, que incubaram os sonhos na Fundação. “Nunca pensei que teria minha empresa. Pra mim, eu teria um bom emprego. Apenas isso”, diz Luís. Mais tarde, Sidimar Rocha dos Santos, da Lizze Equipamentos, também passou a se associar a empresa.  

Em 2014, após muitos estudos e planejamentos, a empresa foi criada. Mas até colocar o produto no mercado, foram outros três anos de espera. Foi necessário buscar autorização da Anvisa, do CREA, além de outras licenças, como a ambiental, dos bombeiros e certificação do INMETRO, além de outras licenças ambientais. Tudo pronto, agora vai. Então, em 2017, a empresa tomou corpo, fechando aquele ano com faturamento de R$ 300 mil. Em 2018, saltou para R$ 500 mil. Já em 2019, R$ 850 mil. E, pasmem, em plena pandemia, chegaram à cifra de R$ 2 milhões. 

“Para isso acontecer tivemos que acordar. Com quase tudo fechado, apostamos em um marketing digital agressivo. O resultado foram vendas maiores”, disse Luís. Para 2021, o faturamento está previsto para chegar aos R$ 4 milhões. Marcos revela que são apenas 11 funcionários registrados, além dos dois sócios. Uma empresa enxuta. No entanto, não descarta a possibilidade do número de colaboradores dobrar nos próximos meses. Uma conta básica: quanto maior a demanda, maior a mão de obra. 

Luís e Marcos foram colocados, um ao lado do outro, pelo destino. Se conheceram na Educere. Depois, fizeram a faculdade de Análise de Sistemas, juntos. Desenvolveram o mesmo projeto. Hoje, colhem os frutos, igualmente. Até no contrato social estão “casados”. Além de tantas coisas em comum, vieram de escolas públicas. De famílias humildes. Mas a vida é cheia de mistérios. Quis o destino, agora, que prosperassem. 

Para 2021, a Ponce – nome sugerido a partir de Juan Ponce de León – pretende vender também para a América Latina. Estudos começaram a ser feitos. A meta agora é, de Campo Mourão para o mundo. E a empresa tem tudo para conseguir. “Nossos equipamentos são altamente funcionais, combinando tecnologia, design e sistemas diferenciados para atender cada vez melhor os clientes”, disseram.