Prefeitura vai intensificar fiscalização para ‘frear’ coronavírus em Campo Mourão
Após o aumento de casos do novo coronavírus (Covid-19) e a UTI-Covid e leitos clínicos da Santa Casa atingirem sua capacidade máxima de ocupação, a prefeitura de Campo Mourão anunciou que intensificará a partir desta semana as fiscalizações para cumprimento de decreto municipal. A cidade tem 2.135 casos da doença, 394 suspeitos e 951 pessoas em monitoramento. Mortes em decorrência do vírus já são 46.
“Tem um decreto vigente há algum tempo. Nunca foi revogado. Por isso vamos intensificar as fiscalizações para execução deste decreto”, avisou o secretário municipal de Saúde, Sérgio Henrique dos Santos. Segundo ele, é proibido, por exemplo, o consumo de bebidas alcoólicas em espaços e vias públicas. Prática recorrente nos últimos dias em vários locais. Um deles é na Avenida Capitão Índio Bandeira, plena área central da cidade.
O uso de máscara de proteção é outra obrigatoriedade determinada em decreto. Pessoas flagradas em via pública sem o uso deste acessório serão multadas em R$ 150,00. Além disso, a aglomeração é outro problema recorrente. “Já nos reunimos com a Polícia Militar que vai nos auxiliar na fiscalização deste decreto. Quem estiver consumindo bebida alcoólica em local público ou descumprindo qualquer outra restrição será multado”, avisou o secretário.
Ainda segundo Santos, há relatos de estabelecimentos do ramo de alimentação que estão permitindo clientes em pé dividindo o mesmo espaço e sem máscara. “Nosso decreto é claro que em espaço de lanchonetes e bares é permitido às pessoas sem máscaras apenas sentadas, mantendo o distanciamento [entre 1,5 metro a 2 metros de distância uma mesa da outra]. Se levantar para ir ao banheiro obrigatoriamente tem que por máscara”, lembrou.
O prefeito em exercício de Campo Mourão, Beto Voidelo (Cidadania), pediu a colaboração da população e do comércio em geral para o cumprimento das normas. Ele disse que por enquanto o fechamento do comércio está descartado, mas pede a ajuda da comunidade. “Os números estavam controlados o que levou alguns a darem uma relaxada. A culpa é de todos nós, porque a partir do momento que demos uma relaxada estes números aumentaram bastante”, falou Voidelo. “É o momento de nos ajudarmos”, emendou.
Ele reforçou o pedido a comerciantes, principalmente do ramo de alimentação, como bares, restaurantes, e lanchonetes, que façam a sua parte cobrando do seu cliente para que obedeçam as normas. “Não queremos fechar nenhum tipo de comércio. Cada um sabe o que tem que fazer”, ressaltou, ao reforçar que os números estão muito altos e alarmantes e que se não baixar a prefeitura terá de dotar medidas mais drásticas. “Nos ajudem que será bom para todos”, ressaltou.
Todos os 9 leitos de UTI-Covid destinados ao tratamento de pacientes infectados com coronavírus da Santa Casa, quanto os 10 leitos de enfermaria estão ocupados. A Santa Casa, Município, e Regional de Saúde, estão trabalhando para reativação de leitos que foram desativados no último mês, quando na ocasião os números estavam controlados. Por tanto, está havendo uma dificuldade de encontrar profissionais para formar equipes.
A UTI-Neonatal também está lotada, com taxa de 100% de ocupação. Todos os 11 leitos existentes estão ocupados. A diretoria da Santa Casa informou em nota que o hospital não dispõe de ventilador mecânico no momento e que está sem condições de receber novos pacientes. Solicita que o fluxo das gestantes em trabalho de parto prematuro e recém nascidos que necessitam de UTI Neonatal sejam transferidos para outras unidades até a resolução da situação. Já a UTI-Neo Covid e enfermaria estão apenas com 3 de 6 leitos disponíveis.
