Presidente do Conselho Tutelar de Campo Mourão fala sobre participação em eventos
Desde que o novo colegiado do Conselho Tutelar, presidido pela assistente social Zilda Inglês Modena, assumiu a gestão 2024/2028, em janeiro deste ano, as conselheiras vêm se organizando e realizando ações para assegurar os direitos das crianças e dos adolescentes. Além disso, outro ponto que elas têm buscado constantemente é se aperfeiçoar e se atualizar em relação aos assuntos ligados ao público-alvo. Uma das formas é participando de eventos, como congressos, seminários e encontros, tanto em nível regional quanto nacional.
De 2 a 5 deste mês, Zilda participou da 12ª Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente. Realizado em Brasília, é considerado um dos eventos mais importantes do país na área, que acontece a cada três anos. A conselheira explicou que, para chegar a esse evento a nível nacional, foram, antes, realizadas conferências municipais e estaduais.
Assim, a partir das propostas levantadas antecipadamente em diversos âmbitos, inclusive sugeridas pelos alunos, as demandas foram apresentadas e discutidas na conferência nacional. “Eu e mais sete conselheiros tutelares tivemos a incumbência de representar o estado do Paraná lá em Brasília. Eram cinco eixos de propostas, daí nós sistematizamos e escolhemos aquelas que realmente têm necessidade”, explicou.
Mais recentemente, no dia 18 de abril, a presidente também compareceu, juntamente com as conselheiras Ronise Galdino e Marisa Barbosa Palma, ao I Seminário Regional de Socioeducação em Maringá. Nele, foi apresentado o primeiro Centro de Socioeducação no município. “Nós estivemos lá para conhecer esse Centro. Tiveram várias apresentações, palestrantes falando sobre medidas socioeducativas e as experiências trocadas”, contou.
Este ano, terá outro momento importante na área: o Encontro Sul Brasileiro de conselheiros e ex-conselheiros tutelares. De acordo com a assistente social, será no mês de agosto, em Foz do Iguaçu. Trata-se de um encontro que acontece a cada dois anos, conforme comentou Zilda, e reúne representantes dos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. “É um evento grandiosíssimo”, falou, destacando que o Conselho Tutelar de Campo Mourão também estará presente.
Ainda nos próximos meses, está previsto para acontecer um encontro em Campo Mourão. “Vai ser um encontro regional, com os vinte e quatro municípios da Comcam, talvez, até trinta municípios estarão aqui na nossa cidade”, adiantou. O objetivo será abordar questões voltadas ao trabalho dos conselheiros e ex-conselheiros, proporcionar momentos de troca de experiência, entre outros pontos a serem tratados.
Zilda destacou a necessidade de os conselheiros tutelares entenderem um pouco de cada âmbito que constitui a rede de proteção da criança e do adolescente. Por isso, a conselheira destacou a importância de os profissionais conhecerem e estudarem constantemente a área. “Eu falo para as conselheiras: vamos continuar estudando, estar sempre atentas à mudança da legislação”, enfatizou. Sempre que há alguma necessidade específica, as conselheiras também recebem o suporte do município com o fornecimento de cursos e capacitações.
Demandas no município
De acordo com Zilda, as principais demandas no município hoje são violência contra a criança e o adolescente e infrequência escolar, que, muitas vezes, evolui para evasão. Para isso, é necessário que as conselheiras auxiliem os órgãos competentes na realização de ações para minimizar tais problemas.
Por exemplo, este mês, as profissionais fizeram campanhas, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação e o Núcleo Regional de Educação de Campo Mourão, para promover ações de conscientização nas escolas, a respeito da necessidade de assegurar que crianças e adolescentes frequentem regularmente as salas de aula.
No próximo mês, os trabalhos seguem mais voltados à violência infantil. “Dezoito de maio é o Dia Nacional Contra o Abuso e a Exploração Sexual, então, vão ter bastantes ações e vários serviços vão estar em ação”, disse, acrescentando que o Conselho Tutelar sempre está junto, participando dessas atividades e contribuindo sempre que necessário.
A conselheira destacou, ainda, a função do órgão, visto que muitas pessoas ainda se confundem sobre o papel que ele tem. “O Conselho não é um serviço, e sim um órgão que vai exigir que as famílias sejam atendidas, orientadas por um técnico, seja um assistente social, um médico ou um especialista. Para isso que o Conselho existe”, frisou.
