Presidente do TJ oficializa ao Governo do PR construção de usina fotovoltaica em Campo Mourão

O presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), desembargador José Laurindo de Souza Netto, oficializou ao Governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), durante o lançamento do “Paraná Energia Sustentável”, nesta segunda-feira (5), a intenção da construção de uma usina de energia solar – fotovoltaica- em Campo Mourão.

Durante o evento, o presidente do TJ-PR, o governador Ratinho Junior, o prefeito de Campo Mourão, Tauillo Tezelli, e o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Márcio Nunes, assinaram um protocolo de intenções. O documento visa estabelecer uma cooperação voltada à implementação de projetos relacionados à utilização de energias sustentáveis e à redução de emissão de gás carbônico.

O projeto tem como objetivo gerar energia com baixa emissão de gás carbônico e, consequentemente, com baixo impacto ao meio ambiente. O investimento do TJ-PR será de cerca de R$ 25 milhões. A usina será construída em um terreno doado pelo município, na Vila Guarujá.

“O Tribunal de Justiça celebrou, hoje [ontem], uma cooperação interinstitucional visando, exatamente, cooperar para a utilização dessas energias renováveis. Estamos aqui para licitar uma usina fotovoltaica no Município de Campo Mourão, em que a previsão de entrega é até o segundo semestre de 2022. Um investimento de R$ 25 milhões. Conscientes de que poderá atender uma porcentagem grande do sistema de créditos no que diz respeito à utilização dessa energia a todo o Poder Judiciário”, falou Netto.

De acordo com o prefeito Tauillo Tezelli, além da geração de empregos na construção, a usina vai gerar ICMS para a cidade. O prefeito afirmou que desde o início do projeto a prefeitura deu todo apoio para o investimento na cidade. “É um prestígio para Campo Mourão receber este investimento”, afirmou. Segundo ele, a cidade será uma referência no Estado na produção de energia fotovoltaica. “Com certeza vai ajudar a divulgar a cidade e as universidades que fazem estudo nesta área. É um momento muito importante”, emendou.

O empreendimento em Campo Mourão, de acordo com o TJ-PR, terá capacidade de produzir energia suficiente para abastecer 25% dos órgãos judiciais do Estado. A usina deve ficar pronta no segundo semestre de 2022. Conforme o TJ, a usina será a maior já construída por um órgão público do Brasil. Será também a primeira usina fotovoltaica que o Tribunal de Justiça irá construir no Paraná. Segundo o Órgão, Campo Mourão foi escolhida estrategicamente para a implantação da usina já que esta região do Estado do Paraná é a mais ensolarada do Brasil. O município ficará conhecido no Paraná e no Brasil em razão da sustentabilidade pela produção de energia limpa.

Autossuficiente

A produção de energia solar da usina vai para a rede da Copel e com isso em 6 ou 7 anos o Poder Judiciário do Estado não terá mais custo com energia. A energia repassada à Copel será abatida do consumo do TJ, tornando a instituição praticamente autossuficiente em relação ao consumo de energia elétrica.

No mapa solar elaborado pela Copel em parceria com o Simepar, Campo Mourão está entre as cidades com alta incidência de raios solares durante o ano no Paraná, apropriado para a geração de energia a partir do sol. O mapa permite à Copel identificar os focos potenciais de negócios em geração fotovoltaica para a viabilidade da instalação de um sistema como esse.

Usina

A usina solar, também conhecida como parque solar, é um sistema fotovoltaico de grande porte, construída, em sua maioria, sobre o solo. Uma usina conta com centenas de milhares de módulos fotovoltaicos, por isso o terreno deve ser de grande dimensão. Os painéis solares produzem energia elétrica em corrente contínua. Um inversor vai transformá-la em corrente alternada. Como existe a necessidade de uma tensão maior para a transmissão de energia, é necessário o uso de transformadores. A energia produzida é distribuída pela rede da Copel.