Reeleito, Edilson Martins diz que pode pleitear presidência da Câmara

Reeleito para o terceiro mandato, o vereador Edilson Martins (Cidadania) obteve 952 votos e foi o quinto mais votado para o Legislativo de Campo Mourão. Filho do ex-vereador Salvador Martins, ele agradeceu a votação e disse que a campanha foi muito difícil por conta das restrições da pandemia de Coronavírus.

Em entrevista à TRIBUNA, ele disse que vai colocar o nome à disposição para a presidência da Câmara. “Espero que o partido me indique como candidato a presidente”, disse ele, ao acrescentar que no início da gestão, em 2017, votou para eleger o então vereador Edson Battilani (que morreu este ano vítima de Covid-19), para presidente. Na época Edilson não estava filiado ao Cidadania.

Caso haja um convite do prefeito Tauillo Tezelli para que ele assuma uma secretaria municipal, Edilson disse que o assunto teria que ser discutido com a direção do partido e com a comissão política da igreja Assembleia de Deus. Confira a entrevista na íntegra.

Quais suas perspectivas para o próximo mandato?
Continuar da mesma forma como nos mandatos anteriores. Tivemos uma campanha muito difícil, muito restrita, mediante essa pandemia, com poucas reuniões, poucas visitas, mas graças a Deus o resultado foi positivo mais uma vez. Na eleição passada também fui o quinto mais votado. Estou no mesmo partido e no grupo político do prefeito Tauillo, que tem desenvolvido um excelente trabalho, tanto que também foi reeleito. Vamos trabalhar para atender ainda melhor a população.
 
Que leitura pode ser feita da renovação da Câmara?
A política em si está desgastada. Em Campo Mourão os vereadores trabalharam muito, como o vereador Sidnei Jardim, que fez quase mil votos mas infelizmente não ficou entre os eleitos depois de seis mandatos. Eleição é um jogo político e quem disputa já sabe que de todos os candidatos só vão entrar 13. Esperamos que os novos saibam que o Poder Legislativo não é feito de uma pessoa, é um corpo, onde deve haver harmonia e muito trabalho para funcionar.
 
O senhor tem pretensão na presidência da Câmara?
Isso é algo que não depende mais do eleitor, mas dos vereadores eleitos após a posse. Tem que existir uma conversa muito franca, independente de questões partidárias. Mas espero, sim, que o partido indique meu nome como candidato a presidente. No início do mandato em 2017 dei minha palavra e meu voto para eleger como presidente o vereador Edson Battilani, que infelizmente faleceu este ano e deixou um grande legado na política da nossa cidade.
 
E se houver convite para ser secretário municipal?
Aí é uma outra situação, que depende apenas do prefeito. No meu caso tive, devo a votação expressiva que tive também a um grupo de pessoas da igreja evangélica, onde temos uma comissão política. Se houver um convite vamos levar a essa comissão para analisarmos juntos se isso é viável ou não. Estou à disposição do nosso grupo político.
 
Seu histórico é de vereador governista. Vai continuar assim?
Aprendi muito com o ex-prefeito Nelson Tureck sobre a importância de conseguir atender bem a população. Quando tem um prefeito que está administrando bem é preciso apoiar. Estou no partido do prefeito e com certeza vamos trabalhar juntos.
 
Cogita a possibilidade de colocar seu nome para deputado?
Hoje isso não passa isso pela minha cabeça. Existe uma organização no partido Cidadania, onde temos os deputados Douglas Fabrício e Rubens Bueno que nos representam muito bem. Sei meu lugar e a hora certa. A Bíblia diz que existe um tempo para plantar e tempo para colher. Temos que caminhar respeitando o tempo. O ego, a ambição, tem que ser deixado de lado. Sou vereador e procuro trabalhar como qualquer servidor do Legislativo.
 
Quais os principais desafios para a próxima legislatura?
Na nossa campanha ouvimos muitas reclamações sobre saúde, educação e alguns microempresários também pediram mais atenção para geração de emprego e renda. O secretário Facco fez um trabalho muito importante nessa área e precisamos avançar. A saúde fez o que pode, dentro dos recursos que tinha, mas precisamos melhorar o atendimento de especialidade, pois temos as unidades recuperadas, aparelhos novos, mas ainda falta material humano. Os salários pagos aos médicos no serviço público não são atrativos e por isso temos que trabalhar para ver o que pode ser feito nessa área. Mas os desafios são bem menores que no atual mandato.
 
Na campanha eleitoral o senhor também enfrentou ataques por conta de uma condenação judicial.
Nesse processo de quando fui secretário de Saúde por 45 dias na gestão do prefeito Nelson Tureck fui absolvido na esfera criminal. A condenação foi na área administrativa, mas a juíza mesmo entendeu que não teve dolo ou má fé. Muitas pessoas sem credibilidade tentaram de tudo para me tirar do Poder Legislativo, mas o mal nunca vai prevalecer, pois quem me conhece sabe do meu trabalho. Em janeiro começa um novo mandato e meu gabinete está de portas abertas a todos.