Região recebe 6.200 doses bivalentes contra Covid-19 e inicia nova etapa de vacinação

A 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão recebeu nesta semana da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) e já entregou aos municípios, a primeira remessa de vacinas bivalentes contra a Covid-19. Neste primeiro momento foram distribuídas para a Comcam 6.200 doses, o que corresponde a aproximadamente 8% do público-alvo a ser imunizado.

De acordo como chefe da 11º Regional de Saúde, Eurivelton Wagner Siqueira, a vacinação inicia com aplicação das doses em idosos acima de 70 anos neste momento. Veja abaixo o publico a ser vacinado por etapa. “Pessoas que estão em instituições de longa permanência, como Lar dos Idosos, por exemplo, infectadas com HIV ou com câncer também está entre os grupos que receberão a vacina bivalente neste primeiro momento”, informou.

Siqueira disse que com esta nova etapa da vacinação, a expectativa é melhorar a proteção da população contra a Covid-19. “Importante destacar que toda a população que faz parte do grupo de risco busque se vacinar para ficar protegida do vírus”, falou.

Em alguns municípios a vacinação inicia nesta quarta-feira (1º de março.) Em Campo Mourão, a Secretaria de Saúde anunciou que a imunização com doses bivalentes começa na quinta-feira (2). O o município recebeu doses da Pfizer/BioNTech. Na cidade, a vacinação iniciará com idosos a partir de 90 anos.

O atendimento será no Centro Social Urbano, das 8 às 18:30 e nas UBS Urupês, Damferi, Paulista e Modelo, das 8 às 11 horas e das 13h30 às 16 horas. Na sexta-feira (3), conforme informações divulgada pela Assessoria de Comunicação do município, será iniciada a vacinação dos idosos acamados em seus domicílios.

Diferença
A vacina monovalente possui uma cepa ou componente do vírus, já os imunizantes bivalentes protegem contra duas versões do vírus de uma só vez. A monovalente contra a Covid-19 foi criada com a cepa original do vírus Sars-CoV-2, causador da doença. As bivalentes também foram produzidas com o vírus original, bem como com as cepas mais recentes da doença, da variante Ômicron – BA.1, BA.4 e BA.5, predominante no mundo.

Estudos observaram que após a primeira onda de vacinação houve uma redução da proteção imunológica ao longo do tempo, principalmente nas faixas etárias com 60 anos e mais, sendo que essa redução se mostra mais proeminente com a Ômicron. As vacinas bivalentes elevam a efetividade da proteção para prevenção da doença sintomática e formas graves da Covid-19 inclusive para a Ômicron.

As pessoas que se enquadram em um ou mais grupos elencados como público-alvo para vacinação contra a Covid-19 devem procurar a unidade de saúde do seu município de residência e se informar sobre possíveis agendamentos e disponibilidade das vacinas.

Como ainda não há doses para atender todos os públicos simultaneamente, o Ministério da Saúde recomenda o escalonamento de prioridades dentro dos grupos, considerando os de maior risco, até que todos possam ser contemplados. Nestes casos, cada município deverá definir sua própria estratégia de vacinação, de acordo com o número de doses disponíveis e a procura por cada uma delas.

Ao todo deverão ser cinco fases para essa imunização. A primeira engloba pessoas acima de 70 anos, pessoas que vivem em instituições de longa permanência, pacientes imunocomprometidos e comunidades ribeirinhas e quilombolas. A segunda etapa está prevista abrange pessoas de 60 a 69 anos, a terceira gestantes e puérperas, enquanto a quarta será direcionada a trabalhadores de saúde. Já a quinta fase será voltada para a vacinação de pessoas com deficiência permanente, privados de liberdade e funcionários do sistema prisional.

Intervalo
O esquema vacinal define que pessoas a partir de 12 anos que se encaixam nos grupos prioritários para aplicação da vacina bivalente devem ter finalizado o esquema primário completo de duas doses com vacinas monovalentes, respeitando o intervalo mínimo de quatro meses da última dose de vacina monovalente recebida.

Pessoas não vacinadas ou que receberam apenas uma dose da vacina monovalente devem iniciar ou completar o esquema primário (básico) com duas doses de vacina monovalentes. Após completar este esquema, a dose bivalente poderá ser aplicada com intervalo mínimo de quatro meses da última dose recomendada.

Considerando que a efetividade das vacinas diminui com o passar do tempo, faz-se necessário essa renovação da proteção para prevenção da doença. Os imunizantes protegem contra as formais mais graves da Covid-19, evitando o agravamento do quadro clínico em casos de infecção pelo vírus.