TJ publica edital de licitação para construção de usina fotovoltaica em Campo Mourão

Três anos após doação de terreno já feita, o Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ-PR), publicou na sexta-feira (20), o edital de concorrência nº 6/2022 para a obra de construção da sua usina fotovoltaica em Campo Mourão. A geração de energia por meio de placas solares visa compensar o consumo de energia da conta agrupada do Tribunal.

As empresas interessadas em participar da licitação, podem enviar propostas. A abertura dos envelopes será realizada no dia 23 de junho, às 14 horas, na sala de licitações do departamento do patrimônio, em Curitiba. O TJ fará transmissão ao vivo da sessão pelo portal equinox.tjpr.jus.br/portal/tenants/tjpr, sendo possível a participação remota dos interessados, conforme regras previstas no edital.

O investimento tem um valor estimado em R$ 31, 1 milhões. A usina terá potência instalada de 5 megawatts (MW). Será construída na estrada para Pitanga, na rodovia BR 158, na Vila Guarujá. O terreno, doado pela prefeitura ainda em 2019, possui área total de 242 mil metros quadrados, sendo que a área total de implantação das placas solares ocupará 50 mil metros quadrados.

De acordo com o TJ, Campo Mourão foi escolhida para receber o projeto por ser localizada em uma das regiões mais ensolaradas do país. As instalações contribuirão para que o Poder Judiciário do paraná reduza as despesas com o consumo de energia. Além da vantagem econômica aos cofres públicos, a iniciativa permitirá que a Justiça estadual utilize uma energia limpa e sustentável, participando ativamente do programa “Paraná Energia Sustentável”.

“A obra reflete o compromisso do Tribunal com a Agenda 2030, que institucionaliza os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) definidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo 16 tem como meta promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis”, enfatiza o presidente do TJ, José Laurindo de Souza Netto.

Em junho do ano passado, Netto já havia oficializado a obra em Campo Mourão em evento do programa “Paraná Energia Sustentável”, que contou com a presença do governador Ratinho Junior. Conforme o prefeito do município, Tauillo Tezelli, além da geração de empregos na construção, a usina vai gerar ICMS para a cidade. Ele afirmou que desde o início do projeto a prefeitura deu todo apoio para o investimento na cidade. “É um prestígio para Campo Mourão receber este investimento”, afirmou. Segundo o gestor, a cidade será uma referência no Estado na produção de energia fotovoltaica. “Com certeza vai ajudar a divulgar a cidade e as universidades que fazem estudo nesta área. É um momento muito importante”, observou.

Autossuficiente

A produção de energia solar da usina vai para a rede da Copel e com isso em 6 ou 7 anos o Poder Judiciário do Estado não terá mais custo com energia. A energia repassada à Copel será abatida do consumo do TJ, tornando a instituição praticamente autossuficiente em relação ao consumo de energia elétrica.

No mapa solar elaborado pela Copel em parceria com o Simepar, Campo Mourão está entre as cidades com alta incidência de raios solares durante o ano no Paraná, apropriado para a geração de energia a partir do sol. O mapa permite à Copel identificar os focos potenciais de negócios em geração fotovoltaica para a viabilidade da instalação de um sistema como esse.

Usina

A usina solar, também conhecida como parque solar, é um sistema fotovoltaico de grande porte, construída, em sua maioria, sobre o solo. Uma usina conta com centenas de milhares de módulos fotovoltaicos, por isso o terreno deve ser de grande dimensão. Os painéis solares produzem energia elétrica em corrente contínua. Um inversor vai transformá-la em corrente alternada. Como existe a necessidade de uma tensão maior para a transmissão de energia, é necessário o uso de transformadores. A energia produzida é distribuída pela rede da Copel.