UTFPR de Campo Mourão realiza feira de trocas de objetos

Com o tema “Eu já não uso mais mesmo…” a Universidade Tecnológica Federal do Paraná  (UTFPR), Campus de Campo Mourão, realiza no próximo dia 27 deste mês, das 10 às 16 horas, a 2ª edição do Escambo UTFPR, feira de trocas de objetos de pequeno porte.

O evento está sendo organizado por acadêmicos do 2º ano do curso de Técnico Integrado em Informática e é exclusivamente para trocas, sendo proibida a venda de qualquer produto. A feira será realizada em frente ao Bloco H. 

Entre os objetos, podem ser levados para trocas, livros, óculos, bolsas, roupas, acessórios, bonés, chapéus e calçados. Os participantes poderão também fazer a troca de serviços, como manicure e pedicure, por exemplo, por produtos e alimentos. 

“A ideia é que as pessoas possam se envolver neste movimento de troca de objetos que às vezes podem não estar sendo usados e podem servir para outras pessoas”, falou a professora Maristela Denise Moresco Mezzomo, coordenadora do evento. 

Segundo a professora, o intuito é disseminar a ideia do não consumismo inconsciente vivenciado atualmente pela sociedade. “Muitas vezes muitas coisas são jogadas fora, mas poderiam ser usadas por outras pessoas. A ideia é chamar a atenção dos participantes para um consumo consciente de sustentabilidade e também a valorização das pessoas, porque no dia será feito o contato entre os participantes para a troca”, falou Maristela, ao ressaltar que o objetivo é sair do consumismo tradicional e valorizar a questão da troca, uma pratica milenar. 

A professora falou que o evento é aberto a toda a comunidade. Ou seja, qualquer pessoa da cidade ou da região que tiver algum objeto e quiser fazer a troca pode participar. “A pessoa vem, traz o objeto e fica no ambiente para ela mesmo fazer a troca, não vamos receber nada com antecedência”, explicou. 

A primeira edição do evento foi realizada em 2017, mas fechado a apenas alunos da instituição. Mesmo assim, segundo Maristela, teve boa participação dos estudantes. “Resolvemos organizar neste ano porque fizemos essa discussão do consumo consciente em sala e os alunos sugeriram”, falou. 

Escambo

É conhecido pelo nome de escambo a prática ancestral de se realizar uma troca comercial sem o envolvimento de moeda ou objeto que se passe por esta, e sem equivalência de valor. É a forma original e mais básica que o ser humano tem de realizar trocas, geralmente realizadas com o excedente de cada comunidade. 

Povos de economia primitiva ainda se utilizam do escambo, sendo cada vez mais rara a sua ocorrência, ainda mais depois do implemento da economia eletrônica virtual, onde o dinheiro é praticamente transferido de modo “virtual”, não havendo interferência física em momento algum da operação. Um exemplo flagrante deste novo modo de circulação da moeda é o cartão de crédito, que vai aos poucos substituindo o dinheiro em cédulas ou moedas até nas trocas mais simples, sendo a transferência de valores realizada virtualmente.

Historicamente, os elementos mais utilizados no sistema do escambo foram o gado, o sal, açúcar, novelos, meadas e tecidos, bem como peças de metal, em especial peças nos formatos de faca e chave, comuns na Ásia e na África. O conceito do dinheiro em forma de moeda, assim como o conhecemos nos dias atuais surgiu na Lídia, território grego, no século VIII A.C.