Vazio sanitário da soja inicia no sábado e Adapar intensifica fiscalização na região da Comcam

Com o início do período do vazio sanitário da soja, no sábado (10), fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), núcleo de Campo Mourão, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, estarão intensificando as fiscalizações em propriedades rurais da Comcam. A medida estará em vigor até 10 de setembro. O alerta aos produtores é que cumpram a legislação. Nesse período, fica proibido cultivar, manter ou permitir a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio vegetativo.

A orientação é que os produtores intensifiquem o monitoramento das lavouras, inclusive para eliminação da soja tiguera. Caso constatada a presença de plantas vivas de soja em propriedades, o responsável poderá ser penalizado à multa que varia de R$ 4,8 mil a R$ 9,6 mil. O valor pode ser aumentado em caso de agravantes, como reincidência, por exemplo. Além de multa, os produtores estão sujeitos a outras sanções como: proibição do comércio de sua produção, interdição da propriedade e ainda vedação do crédito rural.

“O produtor rural já sabe de sua obrigação. Ele está habituado ao vazio sanitário”, alerta o engenheiro agrônomo, José Alcir de Oliveira, fiscal da Adapar em Campo Mourão, ao comentar que em algumas situações do descumprimento da medida, próprios produtores denunciam casos à Adapar. “O objetivo é reduzir a sobrevivência do fungo causador da ferrugem asiática durante a entressafra e, consequentemente, evitar a ocorrência da doença na próxima safra”, explicou.

A Portaria n.º 781/2023, de 06/04/2023, da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, estabeleceu o período do vazio sanitário para a cultura da soja em nível nacional para este ano.

A medida considera a importância econômica da cultura da soja e os prejuízos causados pela ferrugem asiática. Por isso, medidas sanitárias são adotadas pelo sistema oficial de Defesa Sanitária Vegetal de forma efetiva e constante.

Ferrugem asiática

A ferrugem asiática é causada pelo fungo Phakospora pachyrhizi. Devido à severidade do ataque, disseminação, custos de controle e o potencial de redução de produtividade da lavoura, que pode chegar a 90%, é considerada a principal doença da soja. As ações de fiscalização pela Adapar continuam mesmo durante a pandemia da Covid-19, pois as pragas permanecem ativas e a agricultura segue o calendário normal de plantio, manejos fitossanitários e colheita.