Volta às aulas é marcada por adaptações com alunos em casa e em sala de aula

A volta às aulas após as férias de julho na rede estadual foi marcada pelo sistema híbrido de ensino. Metade dos alunos matriculados estão nos colégios com aulas presenciais enquanto o outro grupo acompanha, ao mesmo tempo, pela internet, da própria casa. É o efeito da pandemia de Covid-19, que ainda não terminou, porém a Secretaria Estadual da Educação decidiu pela volta das aulas presenciais.

A reportagem da TRIBUNA acompanhou o retorno dos alunos nesta quarta-feira (21), no Colégio Marechal Rondon, um dos que a partir deste ano passou a oferecer o ensino cívico-militar e até agora também estava apenas com aulas remotas. Neste modelo, a gestão é compartilhada entre civis e militares.

“Não tivemos nenhum problema, todos os nossos professores retornaram. Os alunos que tiverem alguma comorbidade ou doença na família, os pais devem vir fazer a justificativa na secretaria”, explica a diretora Rita de Cássia Cartelli, que recepcionou os alunos no portão e em algumas salas de aula.

Ela esclarece que o modelo híbrido é para respeitar o distanciamento e não ter aglomeração, mas que os alunos devem retornar para o colégio conforme as escalas. “Alguns estão pensando que as aulas continuarão na mesma metodologia, com entrega de trabalhos atrasados, aluno que não liga a câmera. Agora as aulas em casa serão no mesmo horário para quem está em na sala de aula. Consideramos o retorno real das aulas”, adverte.

A diretora acrescenta que todos os cuidados quanto à prevenção foram adotados pelo colégio, desde higienização com álcool em gel até o distanciamento das carteiras e uso de máscaras. “O aluno que não tem problema de doenças tem que participar das aulas presenciais. Os que têm dificuldade com tecnologia já estão identificados e não entram nas escalas”, reforça.

Quanto aos uniformes militares, a chefe do Núcleo Regional, professora Ivete Sakuno, informou que a previsão do Estado é que sejam entregues no mês de setembro e serão fornecidos gratuitamente aos alunos. “Nas seis escolas onde foi implantado o cívico-militar os educadores passaram por um processo e estão qualificados para atender a comunidade”, explica a chefe do NRE.

No Colégio Marechal Rondon o diretor militar é o subtenente Zacarias Teixeira da Silva, que por enquanto também está com um uniforme provisório. “Quando chegarem os uniformes vamos trabalhar fardados, inclusive com quepe e arma”, explica o subtenente, que está na reserva desde 2015.

Ele explica além da segurança do colégio, o programa a ser executado inclui aprendizagem de ordem unida, conforme educação militar. “São procedimentos de tratamento pessoal a diretores e professores, com continência e canto do hino nacional”, explica o militar, que é formado em Pedagogia e por muitos anos foi chefe de equipe do Corpo de Bombeiros, como socorrista.

Com 1.360 alunos matriculados, o Colégio Rondon recebeu quase 200 estudantes que migraram da rede particular, além do período noturno. Segundo a diretora, ainda há 20 vagas para a 3ª série do ensino médio e oito vagas na 2ª série do período da tarde.

No cívico-militar a matriz curricular é maior, com seis aulas diárias (30 por semana), com mais aulas de Língua Portuguesa e Matemática e o acréscimo de Cidadania e Civismo, com uma aula por semana para o Ensino Fundamental II (do 6º ao 9º ano) e para o Ensino Médio.