Cazarin, costume como tradição

“A morte é um grande mistério.
Tanta dor na despedida!…
Mas quem morre perde o corpo,
nunca perde a luz da vida”.
Chico Xavier

Ninguém sofre inteiramente só, na despedida derradeira. O padecimento é familiar e dos amigos, reunidos pelo luto, unidos a velar. “Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”, escreveu Willian Shakespeare. O consolo não faz estancar a dor, é a aflição amparada mutuamente, a desejar que o outro não sofra. Em Mateus 5, 4 está a palavra cristã, “bem-aventurados os que choram, pois eles serão consolados”.

Ao depararem-se com a morte do Darci Cazarin, rapidamente incontáveis manifestações de pesar advieram, testemunhos a respeito da vida digna e fraterna. Ao tomar conhecimento, um forte impacto me atingiu. Então comentei com o professor Gilberto Aparecido Gonçalves e ele falou, “foi o meu professor, tinha enorme conhecimento” e ainda no mesmo dia comentei sobre tal perda ao contador Sérgio Ricardo Mendes, que me disse, “foi meu professor, entendia a matéria de contabilidade, rememorando a presença dele na Santa Casa de Campo Mourão, prestando serviços aos enfermos, inclusive para minha saudosa mãe”.

Conheci Darci Cazarin há exatos trinta anos, ele era contador da prefeitura de Araruna (gestão Osvaldo Valarini – 1992-1996), quando então eu trabalhava no gabinete do Rubens Bueno, deputado estadual à época. Cazarin era presença constante a auxiliar o referido prefeito e administração municipal. Nestas três décadas, os laços de amizade sempre foram firmes, Cazarin tinha uma facilidade grandiosa e peculiar em fazer e manter sólidas amizades, com integridade e carisma, dado ao desprendimento que tinha.

Aos domingos o tradicional café no Paraná Palace da família Deitos, ouvíamos dele muitas histórias, bom humor, sempre proporcionou diálogos edificantes e um gosto latente pela vida. Apaixonado pelo time de coração, o santista muito apreciava um bom causo, piada e assuntos sérios

Os olhos dele eram luz, feliz pela família que constituiu, dos amigos, sempre prestativo, palavra serena de conforto e estímulo. Olhos que agora se fecham para sempre e se tornaram luz devido a vida que sempre teve. Em família, filhos, irmãos e demais familiares além de respeitar e entender, admiravam o pai, pois a família dividiu ele com os amigos, sobretudo no trabalho aos mais necessitados, Cazarin nunca foi indiferente aqueles que precisavam de auxílio, vinha ele com a mensagem, fé e esperança e por acolher as necessidades materiais.

Ararunense de nascimento, veio ao mundo dia oito de outubro de 1958, 63 anos, é agora saudade para sempre, desde 21 de julho. Na paz viveu, a paz proporcionou a todos e na paz descansa com vida de luz na eternidade.

Fases de fazer Frases
Palavras não fogem, nós é que não alcançamos.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
É comum nos bares e lanchonetes mourãoenses ouvir o balconista perguntar ao consumidor que pede um pastel ou coxinha, “tem de frango e carne”. O frango é o quê? Carne e a outra carne é qual? De boi, vaca!

Aprende-se equivocadamente e se repete erradamente, devido a falta de senso crítico, de prestar atenção e constatar a inadequação. O fato é – para repetir enfaticamente – que as duas são carnes: o frango e a vaca.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Seria normal apostar que o melhor queijo brasileiro, ou os melhores, são todos de Minas Gerais, certo? Não. O melhor queijo do Brasil é produzido aqui no Paraná, em Arapoti, nome comercial Queijos Cornélia, oriundo dos Campos Gerais. O nosso queijo derrotou marcas famosas mineiras no concurso ocorrido dia treze passado.

Farpas e Ferpas (I)
Se quem espera sempre alcança, quem só ficar esperando, se cansa.

Farpas e Ferpas (II)
Se para tudo tem limite, mas o limite não é tudo.

Farpas e Ferpas (III)
Se o que não tem remédio remediado está, o que não tem cura curado não está.

Farpas e Ferpas (IV)
Quem não sente não tem sentido

Reminiscências em Preto e Branco (I)
A Rádio Clube Paranaense vai sair do ar definitivamente. São 98 anos de história que começou no dia 27 de junho de 1924, considerada a terceira emissora brasileira e, sem dúvida, a mais tradicional do Paraná.

Não se trata de uma rádio qualquer, a Club se pautou por uma programação da mais alta qualidade, ouvida, além do Brasil, em vários países, destacando pelo noticiário e jornada esportiva, transmissão dos jogos de futebol, tinha um apelido carinhoso logo adotado pela emissora, B2.

Serviu de modelo e inspiração para as demais rádios que viriam a surgir em Curitiba e por todo o nosso estado. Quase um século, passando a ser, lastimavelmente, apenas memória histórica.

Reminiscências em Preto e Branco (II)
Em sequência da informação acima, o Paraná tem um quadro de empresas que já foram gigantes em termos de Brasil, marcas que tínhamos orgulho ou respeito, acima de tudo como a sensação que elas não desapareceriam. Entretanto, não existem mais. Logomarcas que viraram lápide, como Bamerindos, Hermes Macedo, Móveis Cimo, Refrigeradores Prosdocimo, para citar apenas algumas.

José Eugênio Maciel | [email protected]