Cuba e EUA, americanos e seus enganos

A liberdade é defendida com discursos e atacada com metralhadoras

Carlos Drummond de Andrade

Mundialmente estamos diante de um fato histórico de tamanha magnitude que seria impensável. Cuba e Estados Unidos, através dos seus presidentes Raúl Castro e Barack Obama, tornam público o diálogo que mantém atualmente visando o reatamento das relações diplomáticas entre os dois países, após mais de 50 anos de embargo econômico.

Independentemente dos governos, regimes políticos, estruturas econômicas e das concepções ideológicas nada absolutamente deveria se sobrepor aos habitantes de cada país. Capitalismo ou Socialismo não podem se impor por si mesmos, fazendo dos povos a mera consequência do que os donos do poder querem. Cubanos ou estadunidenses no jogo de perde/ganha, não foram, neste meio século, senhores da história, quando muito peças de uma intricada guerra, fria e quente, sobretudo estúpida, bem à margem do ideal civilizatório e inerente a autodeterminação nacional. É relevante o seguinte fato: americanos são todos, como os do Canadá, de Cuba, da América Latina ou da América do Sul, uma vez que jornalistas se equivocam e, subservientes, se referem a americanos como se fossem apenas os que nascem nos Estados Unidos, da América, posto que, para eles as outras Américas não contassem.

A Globalização, compreendida como a integração entre países, se constituiu muito mais do que poderosos e ávidos interesses econômicos, mas agregaram outros componentes, culturais, políticos, sociais, religiosos e de espaços geográficos. Não se justificava mais o embargo econômico e Obama não vacilou,  age como estadista; assim como coube a Raúl reconhecer que é preciso abrir-se para o mundo, também dá provas de estadistas.

Evidentemente que, embora geograficamente próxima, a ameaça cubana era maior sobretudo  dado ao alinhamento da Ilha com a então potência União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Acabarão as desculpas dos problemas enfrentados pelos cubanos, a culparem o boicote engendrado pelos Estados Unidos; e o propalado discurso da casa branca em favor da Paz ocorra de fato com o término do embargo econômico.

A grande questão, sem deixar de lado e ao mesmo tempo não colocar com razão maior o regime político, é preciso enfatizar, a soberania de qualquer país pressupõe o respeito de todos os demais países, pois, do contrário, ingerências comprometeriam a autodeterminação que eles devem ter. Cabe a Cuba estabelecer o destino dela; igualmente apenas os Estados Unidos a mesma determinação, e, quanto a qualquer país, fixar a reciprocidade tangente à autonomia que todos devem conquistar e reafirmar, assim como reconhecer a dos outros.

O que o Cuba ganhará? O que os Estados Unidos ganharão? O Planeta? O certo é que o  acirramento político entre eles resultou em uma vergonhosa história de ódio, de orgulho ferido, de interesses localizados bem maiores que as razões de Estado. O que se constatava eram (ainda são!)  práticas político-ideológicas que comprometeram a auto governança.

Fases de Fazer Frases (I)

Só após lei entrar em vigor se saberá se ela tem mesmo vigor.

Frases de Fazer Frases (II)

Se perder a hora, atrase o relógio, mas o tempo não será cúmplice.

Frases de Fazer Frases (III)

Ela ensaia tirar a saia, antes que eu saia. Insinua ficar nua.  Não saio antes do ensaio. Que eu não saia:dê-me mais que a saia

Frases de Fazer Frases (IV)

Roceiro roça o rocio. Rocio que roça não é do roceiro.

Olhos, Vistos do Cotidiano

Além da falta de coerência, carece de noção do ridículo e da boa-fé. O PT critica veemente o PSDB e vice-versa. O Paraná tipifica com agudeza tal comportamento, petistas não poupam críticas ao aumento de impostos e acusam a caótica situação das finanças publicas, Beto Richa é o alvo. Porém, o mesmo PT se cala quanto a caótica situação em do governo federal comandado pela Dilma. Tucanos se opõem a presidente Dilma com duras críticas, mas são silentes aos aumentos já anunciados pelo governador paranaense. Se cada macaco está ou não no galho deles, o evidente é  que eles falam do rabo do outro, sentados no deles.

Reminiscências em Preto e Branco

Quem não souber a tabuada deve ao menos saber usar calculadora.