Generosidade

(…)
Generosidade,
é uma palavra que anda esquecida,
neste cômputo que o tempo nos faz,
no cronômetro que é a vida,
anda o mundo desregulado nesta contagem,
andamos nós desnorteados da nossa essência pura,
porque nos esquecemos de ser generosos.
Soltar do coração toda a generosidade da qual
somos capazes,
Não cura as feridas do Mundo somente,
faz-nos mais felizes porque nos inunda o coração
com montanhas de alegria!

Generosidade – Beatriz Barroso

As folhas se desprendem dos galhos quando cessa a vida. Tem as que chegam ao chão, bem próximas ou nem tanto da árvore que as gerou. Outras o vento – pode ser o nome do destino, as leva dali, são ainda avistadas, assim como outras rapidamente são lançadas ao longe e não mais se enxerga.

Tudo é tempo. O nada é sem o tempo. O tempo que temos e que não nos pertence.

A vida é somatório das ações e omissões. Se não praticarmos o bem, nos diminuímos enormemente ante a consciência; e grandiosamente ao bem fazermos perante nossos semelhantes.

Entre significados, sentidos a generosidade é mais do que dar como parte do que se tem em abundância. Ser generoso é repartir ao máximo do mínimo que se tem. É a virtude de acrescentar ou reconhecer no ser humano a bondade manifesta que casa com a bondade existente. As pessoas próximas se tornam cada vez próximas quando elas se ligam ou inter-relacionam pelo bem. Ser bem generoso é fazer e fazer-se com o bem.

Enquanto vou digitando letra a letra, cada palavra, parágrafos, o texto produzido, sem saber se sou eu que volto ao tempo ou se é ele que se volta, a me levar diante das cortinas que se abrem para que eu contemple dias distantes só na cronologia.  Assim, dos muitos natais, a sensação é a de ser menino a observar os preparativos que a sempre querida mãe Elza fazia. Eram carne assada, formas de bolos, bebidas. Seria impossível não notar, mas primeiramente tudo era feito para ser entregue as pessoas e famílias do Ernesto, Liberato, Lenonel, Paulo, Rosa, Raimundo, Vanira, a toda a turma da CODUSA, empresa da prefeitura que por décadas era a que fazia a coleta do lixo,  coletores recebiam garrafas de champagne.

Cabia ao meu pai fazer a entrega, ele observava com enorme satisfação aqueles pratos todos. O detalhe mais importante que jamais escapou da minha memória afetiva, é que a ceia se destinava a pessoas muito humildes em recursos materiais e no modo simples de serem. Amigos  que trabalhavam na chácara ou no escritório de contabilidade. Meu pai Eloy e a minha mãe demonstravam o valor em ser generoso, compartilhar, manifestar a fraternidade e a solidariedade, praticadas o ano inteiro, sempre que preciso fosse, mas que ao findar do ano se completava com  luzes, pois a vida dever ser colorida, ainda que sem todas as cores.

É a generosidade evidentemente altruísta dos caros leitores desta Coluna que motiva registrar e agradecer pela leitura, seja ela sempre, assídua ou de vez enquanto, o essencial é agradecer com enorme entusiasmo: obrigado!

Fases de Fazer Frases

A mesma cautela para segredos próprios ou alheios: guardá-los sem saber o que se guarda.

Olhos, Vistos do Cotidiano

Esta é a última Coluna do ano, felizmente foi possível publicá-la todos os domingos, ininterruptamente, graças ao caro leitor que motiva e torna prazerosa a tarefa. A retrospectiva virá á no primeiro texto de 2015. Depois, em Frases de Fazer Frases, elas serão reunidas, estarão juntas, extraídas de todos os domingos, para serem lidas e relidas.  

Reminiscências em Preto e Branco

2014 finaliza, arruma malas, carrega a bagagem, e, antes, e deseja boa sorte para 2015.