Vá em paz, 2014

As revisões de fim de ano, deixam sempre algum travo amargo na boca. Por estarmos inserido no contexto de um município, estado, país e até “na aldeia global de Marshal McLuhan”, nada nos é indiferente. Desde a Ebola até a queda do jato da AsiaAir. Consequência do excesso de informação com que se é massacrado diariamente. Por aqui discute-se a validade da Comissão da Verdade que realiza um trabalho importante para que se conheça o submundo de um passado recente do país, que todos desejam não mais se repita, mas, outra grande preocupação é com o que vem pela frente. A começar pelo que ainda ocorrerá com a nossa maior empresa: a Petrobras. Como sempre chegamos atrasados, em função de nossa colocação ante as outras nações, teme-se a implantação de um regime superado no primeiro mundo. Só emergentes comoRússia, China, Cuba e outros mais desconhecidos o mantém. Imitados toscamente pela Venezuela, Bolívia e”republiquetas sul americanas”, que se desgarraram do Brasil. Ao invés de adotarmos aqui o slogan da bandeira da capital paulista ‘Non DucorDuco’, parecemos nos aproximar cada vez mais desses que já nos viram como líderes. Imensos são os desafios a serem vencidosà partir deste 2015. Na contramão do que ocorreu desde 2008, o Brasil se iludiu com a impressão, redundante de umbom momento em que sua recuperação era visível, de  que era uma ilha de prosperidade em meio à dificuldade que se abatia sobre a economia global. Essa visão distorcida fez com que o país perdesse o trem da História, sua grande oportunidade. Comonovos ricos começou a ostentar sua grandeza, com gastança mal dirigida. Enquanto outros se preocupavam em recuperar-se, com os sacrifícios necessários, perdeu-se aqui o ‘boom’ dos preços das commodities e dos minérios. A descoberta do pré-sal, num mercado petrolífero oscilante, não se revelou o impulsionador previsto da economia.A indústria brasileira sufocada pelo ‘custo Brasil’ perdeu competitividade e murchou. Até chegar o país ao crescimento praticamente zero. É pois hora de recomeçar, percorrendo o duro caminho da recuperação. Que tenhamos força e dirigentes capazes de promover essa subida. Mais do nunca Deus precisa provar que é brasileiro!

Exemplos

Alguns episódios marcantes do final de ano é o que precisamos manter na retina. Prova da capacidade brasileira de reagir. O exemplo de Gabriel Medina, um jovem de 21 anos, que enfrentou ondas tão grandes quanto aquelas a que o país sucumbiu, é umestímulo a se enfrentar as dificuldades atuais. O Brasil tem quevoltar, com o esqui de Gabriel, ao topo da onda.

Exemplos (II)

Igualmente o exemplo de Laís Souza, uma denossas atletas esperança para a ginástica olímpica, atingida mas não abatida pela fatalidade em um treinamento. Volta por alguns dias ao Brasil para mostrar seu esforço de recuperação com alguns movimentos já acontecendo. Prometendo estar de volta para torcer por seus companheiros que estarão nas quadras em 2016. Numa Olimpíada em que os esportistas sejam o destaque, não a corrupção que andou presente na construção dos suntuosos e em muitos casos desnecessários, estádios da Copa.

Esperança afinal

A esperança, que é sempre a última mas, maltratada também morre, precisa estar presente entre todos os brasileiros, especialmente os encarregados de mantê-la viva. Já que ‘o estupro’ de uma eleição prejudicada pelos vícios permanentes de uma legislação eleitoral leniente, não teve como ser evitado, resta mais uma vez o sonho de que as reformas necessárias a conduzir este país ao topo, possam ser finalmente concretizadas. De uma forma que não atenda às conveniências dos políticos que têm levado esta terra ao fundo do poço. O ideal é que a presidente, reeleita com a confiança da pequena mas, maioria, do povo do Brasil, ressurja desta concessão inicial que fez aos pseudos partidos políticos na formação do ministério. Tenha consciência da importância do momento e da árdua que se lhe apresenta: recuperar o que foi perdido! Abrir mão do seu estilo autoritário que corresponde a ‘narcisismo’ e ouvir, aqueles que merecem ser ouvidos. Ouvidos moucos aos Renan’s, Collor’s, Jucá’s.Pelo menos de um Sarney, 2015 a poupou!