Ovo

“Mais vale um ovo hoje do que uma galinha amanhã”.
Ditado anônimo

    Ao final deste texto, imagino, serei “ovacionado”. Por enquanto, atenção, o título acima pode ser lido de traz para frente, fácil.
    O ovo não tem a ver só com a galinha. Devido ao preço proibitivo está ultimamente relacionado a carne, em média a alta ultrapassou 17%. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de carne do mundo, mas tem muita gente passando fome.
    Saudável e acessível no preço, o valor nutritivo (tentam alguns pô-lo como vilão), o ovo é fácil de preparar, e cabe o ditado, se alguém não sabe nada, “nem fritar um ovo!” O noticiário destaca, o brasileiro está consumindo bem mais ovos por causa do preço da carne.
    Preparado de muitas e variadas maneiras, estão muito presentes no cardápio, exclusivamente ou como destacados ingredientes nos doces e salgados, é o cotidiano da cultura culinária brasileira.
    Quem já não viu uma galinha? Ovo? Ditados populares abundam porque são ilustrativos e de rápida assimilação: “Ninguém faz uma omelete sem quebrar os ovos”, “Não se deve contar com o ovo no c. da galinha”. “Não se pode matar a galinha dos ovos de ouro”. E a velha pergunta: “O que surgiu primeiro, o ovo ou a galinha?”. Com a palavra o galo.
    Antes de citar um que é francês e outro do personagem histórico estadunidense, um aforismo bem nosso por excelência, “levar um ovo” ou “tomar um ovo”, é bronca, sermão, repreensão.
    O alto desemprego e o custo da carne nas alturas, o ovo simboliza lados bons e ruins.
    “Não importa o ninho, se o ovo é de águia”, disse o estadista presidente Abrahm Lincoln” e, com ditado francês, espero que os poucos e raros leitores não queiram me “ovacionar”, claro no pior sentido da gíria: “Quem embala pedras e ovos, deve pôr as pedras por baixo”.
    Sabemos quando a galinha já botou o ovo, cacareja, ela divulga o feito publicitariamente.        

Fases de Fazer Frases (I)
    Tomo rumo ignorado, ninguém saiba a que me destino.

Fases de Fazer Frases (II)
    Mastigue palavras, para não engolir desaforos.
    Mas instigue, sejam desaforadas palavras cuspidas.

Fases de Fazer Frases (III)
    A tardança da vida dita a experiência.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
    “É de doer (…) Olha o que fizeram. Terminamos de plantar a grama sábado” postou Ireno dos Reis, secretário municipal de obras públicas de Campo Mourão, sobre a Avenida prefeito Pedro Viriato, com imagens do vandalismo. Elas mostram destruição do patrimônio público. Animais com patas só deixariam pegadas após comerem a grama.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
    O subtítulo acima lembra outro fato. Uma placa de sinalização estava (ao menos até terça anterior) rente ao chão na calçada do fórum de Campo Mourão, entrada principal do prédio. No dia anterior constatei ela ali, derrubada. Quando ela será retirada e substituída? Como? Quem a derrubou? Pagará pela destruição? Ressalta-se, lá funcionam a Justiça e o Ministério Público.

Farpas e Ferpas (I)
    Conto um conto contigo. Contigo conto: contíguo.

Farpas e Ferpas (II)
    “Nua e crua”, palavras. O pior é elas sem tempero.

Caixa Pós-Tal    
    Ao agradecer a Coluna anterior, Valdirene Peterline Salvadori declarou a repercussão do texto principal que homenageia o professor Euclésio Eloi Salvadori, – PROFESSOR EUCLÉSIO, REDE DE AMIGOS E PESCA –, se sentido confortada e perceber o quanto ele era querido.

Reminiscências em Preto e Branco (I)
    Encabulado, palavra que vem à tona “do nada”. Há tempos sem ouvir, lê-la, significa constrangido, envergonhado, acanhado. É, o acanhado se põe de lado quando está encabulado.

Reminiscências em Preto e Branco (II)
    Quando tempo passa depressa, corro atrás do passado, vejo-me, presente.
 

José Eugênio Maciel | [email protected]