Pátria párea, parida

I – Quando arrombou o imóvel/ De Geddel em Salvador, /O agente da Polícia
Foi tomado de um torpor: – Nós entramos foi num banco! –,/ Disse ele no corredor.
II – Havia grana em toda parte,/ Uma cortina foi feita/ Com a quantia de 1 milhão/
III – Testemunhando os trabalhos,/ Convocaram João Tenente,/Que conhecia Geddel Desde quando era carente:Juntou dinheiro tomando/ De quem via pela frente. (…)
V – Furtou a bacia de um cego/ Na Ladeira de São Bento,/ Assaltou um aleijado/
Na esquina do convento/ E despojou Carga Torta/ Do único bem: um jumento.(…)
Fazia como Tio Patinhas/ (…) No dia que estava triste,/ Se deitava no dinheiro.
VII – Guardava dinheiro em malas,/ Em travesseiro e colchão,/ (…)/
Escondido num caixão/ Que ele tomou de uma velha/ Numa visita ao Sertão.
VIII – De tanto tomar do povo,/ Geddel foi se acostumando: Quanto mais ele amava, amava,/ Uma fortuna ia juntando.
IX – Desde os tempos de ACM,/ Passando em FHC,/ Tendo seu cartaz em alta/
No governo do PT,/ Geddel se achou imbatível/ Na arte de enriquecer./
X – Só que veio a Lavajato/ Pôr ordem no cabaré: Na esquerda ou na direita, /
Não tem mais/ querequequé,/ Roubou é investigado,/ Finda preso e algemado,!/ (…)

Miguezim de Princesa – Como Geddel Juntou Dinheiro –   (Coluna Diário do Poder)

            Rápida e direta troca de mensagens eletrônicas entre mim e o Henrique Thomé, responsável pela edição da Tribuna. Na quarta eu queria saber se era para enviar o texto da Coluna, caso não fosse circular o jornal na sexta. A objetividade (minha e dele) me atrapalhou, pode mandar, foi a resposta à minha pergunta. Mas eu fiquei com mais dúvida, mandar hoje ou sexta?.

            Faz sentido citar o fato, pois tinha decidido escrever sobre o Sete de Setembro e os casos de corrupção. Só iria citar notícias desta semana, caso tivesse que antecipar o envio do texto.  

            O que mudou de quarta até sexta? (dia de encaminhar a Coluna). As malas de dinheiro com 51 milhões encontradas em um apartamento vazio em Salvador, que levou o dia inteiro para ser contado com maquininhas, foi a maior apreensão em dinheiro vivo feita no Brasil. E pensar que a maior mala de dinheiro era do paranaense Rocha Loures, ex-deputado (PMDB).    

            Da última quarta até esta sexta (quando escrevo a Coluna), o dono do dinheiro foi preso!  Geddel Vieira Lima estava em prisão domiciliar sem tornozeleira. Dispensa apresentações, ele tem processos deste quando entrou na política, tornando-se conhecido no Brasil como dos mais ativos  Anões do Orçamento.

            Se esta Coluna tivesse sido publicada, estaria desatualizada. O texto não mencionaria outro fato, o depoimento em audiência do Antônio Palocci, então todo poderoso ministro da Casa Civil, braço direito de Lula e Dilma. Preso há quase um ano e condenado a 20 anos, ele abriu o verbo, enumerou dinheiro e mais dinheiro para campanha e para o bolso do Lula e Dilma, só para citar os dois ex-presidentes. Fortunas repassadas pelo empresário construtor Emílio Odebrecht.

            O Paraná infelizmente é manchete nacional devido a denúncias de corrupção.  PT e PSDB envolvidos, a senadora petista Gleisi Hoffann e o governador tucano Beto Richa. Pesam sobre eles graves acusações, talvez não saiam sem culpa de nada.  

            Concluo a Coluna. Advirto o caro leitor, o conteúdo deverá ficar desatualizado devido a  desdobramentos, novos detalhes, e também ante a novos casos, denúncia, investigação.

            Pátria Independente, Grito do Ipiranga, gritante corrupção. Roubam, brava gente brasileira.          

Fases de Fazer Frases

            Para sorver sopa não carece usar dentadura.

Olhos, Vistos do Cotidiano

            Não somos independentes? Independentemente do que somos?

Caixa Pós-tal

            A advogada e educadora social, servidora pública Ana Cláudia Padilha, declarou a emoção que sentiu ao ler a Coluna anterior ULIANA, PAZ QUE DEIXA. Uliana era bisavó dos filhos da Ana. 

Reminiscências em Preto e Branco

            Quando alguém estava na pior tinha uma referência comum nos meus tempos de meninice, está tão ruim para o fulano que ele está comendo de marmita. Marmita era típico dos trabalhadores braçais como os da construção civil, os de beira de estrada, (barnabés). Atualmente, não, é até de bom gosto (duplo sentido), prática, econômica. Os restaurantes há tempo oferecem marmita e entregam. Enfim, coisa de pobre, coisa de rico.