Que vacina? Quem vacila?

“Para termos uma noção do pouco que valemos, basta subtrair ao que somos 
o que aprendemos, o que lemos, o que vivemos com os outros. É só ver o
 que fica. Coisa pouca. Sozinho quase ninguém é quase nada. 
É somente juntos que podemos ser alguma coisa.”
Miguel Esteves Cardoso

    Seria altamente positivo e até mesmo nobre a disputa travada principalmente entre o presidente Jair Bolsonaro e o governador de São Paulo João Doria, sobre vacinas contra a Covid 19, numa espécie de cabo de guerra. O problema não está aí em si mesmo. É fato que um quer se promover mais que o outro, de olho no cargo de presidente, Jair para se manter nele e ficar por mais quatro anos e Doria para ocupar o posto do coronel. 
    Qual ou quais as vacinas de maior eficácia? As de menor custo? 
    Trata-se de questões absolutamente e em primeiro lugar de caráter eminentemente técnico, portanto, atribuíveis aos profissionais de saúde. Além disso, tudo deve – ou deveria – passar pelo crivo dos reconhecidos internacionalmente institutos Butantã e a Fundação Oswaldo Cruz, além das universidades públicas que estão dedicadas nas pesquisas para tal fim. E evidentemente a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária caberia se pronunciar com competência e isenção, sem qualquer ardil de ingerência que afronte a saúde pública para atender interesses político-partidários e pessoais pela ótica exclusivista do poder pelo poder.
   O que querem os brasileiros é simples, a vacina. Por enquanto esses mesmos brasileiros – parcela significativa – pouco ou nada tem feito para impedir, pela prevenção, que o vírus prossiga em propagação e letal para as mortes cotidianas. 

Fases de Fazer Frases (I)
    O pior grito da corrupção é a compra do silêncio.

Fases de Fazer Frases (II)
    Procura incerta é um achado surpresa.

Fases de Fazer Frases (III)
    Bom exemplo advém da prática.    

Olhos, Vistos do Cotidiano
    “Campo Mourão: a história das árvores de Natal que gerou polêmica nas redes sociais”, notícia exibida na TV Carajás no último dia sete, reportagem excelente do Laudelino Bomfim, que entrevistou empresárias que há muitos anos enfeitam a avenida Manoel Mendes de Carvalho, esquina com a Rua Santa Catarina. Entre elas se manifestaram Laís Machado e Maria Riva Straub a respeito da polêmica da árvore natalina que seria montada junto ao poste republicado. E, neste sentido, foram no canteiro central colocados caixotes de madeira para servirem de suporte para a árvore de natal. Elas até pediram desculpas devido as manifestações nas rede sociais, cujas críticas levaram em conta que as caixas foram ali jogadas como depósito de lixo.
    É absurdo, repugnante que pessoas – muitas aliás com deplorável Português e lastimável carência de argumentos, além do desconhecimento de causa, tenham feitos ataques injustos. Sem procurar saber de nada e sequer preocupadas com as ofensas desferidas para as pessoas que sequer conhecem.
    Há anos que aquele trecho central tem uma decoração própria e cada vez mais bela, notável iniciativa a merecer elogios e servir de exemplo para os demais comerciantes, lojistas. A livre manifestação não pode servir de pretexto para calúnia e difamação. Não apenas nessa época, cabe indagar, o que fazem tais indivíduos para e pela cidade, além de criticar com aleivosia?

Farpas e Ferpas 
    Quem nada tem nada perde. Mas não ganha (?)

Reminiscências em Preto e Branco – O político, professor e juiz Munir Karan
    No rol da história político-administrativa mourãoense daqueles que ocuparam o cargo de prefeito ou vice, Munir Karan era um dos últimos remanescentes. (Resta somente Augustinho Vecchi)
    Munir foi vice do prefeito eleito Horácio Amaral, que governou Campo Mourão de primeiro de fevereiro de 1969 a 31 de janeiro de 1973, portanto há exatos 51 anos. Assim como o prefeito Horácio, Munir era advogado e com pouco tempo exercendo a carreira, presta concurso público para a magistratura, ingressando como juiz substituto em 1970. Antes disso, estudioso do Direito que era e por apreciar a educação, foi professor adjunto da UEM – Universidade Estadual de Maringá. O conhecimento jurídico e a verve sábia o levariam ao Tribunal de Justiça do Paraná na qualidade de desembargador, tendo se aposentado compulsoriamente.
    O curitibano de nascimento tinha no coração riquíssimas lembranças de Campo Mourão, sempre a aqui a visitar os amigos que tão bem cultivava. E, quando aposentado, não se furtou a causa pública, como o de ter sido Superintendente da Paraná Previdência. Paralela a tais funções e por gostar muito de ler e escrever, não deixava de se fazer presente nas reuniões como membro da Academia Paranaense de Letras Jurídicas. Em Curitiba lecionou na Universidade Federal do Paraná, onde também se notabilizou e granjeou muitos amigos.

Reminiscências em Preto e Branco – Respeito às regras, Severo Zavadniak Jr.
            A família Zavadniak é tradicional e bem conhecida em Campo Mourão, especialmente pela gentileza, amizade e caráter. E o Severo Zavadniak foi sempre um dos muitos e ótimos exemplos desse modo de ser, viver. Despediu-se da vida, 60 anos, agora é saudade, sexta, 11. 
            O amigo de infância Luiz Ferreira Lima, no imperdível e belo Blogue Baú do Luizinho, escreveu, (eles foram juntos bicampeões de futsal) a rememorar o amigo, trecho do texto transcrito a seguir: “Dias duros, momentos dolorosos nesse ano. Nesta sexta-feira, dia 11, fiquei sabendo do falecimento do amigo Severo Zavadniak Júnior, amigo da adolescência e parceiro do futsal e de conquista importante com a Associação Tagliari, que há anos residia em Maringá. Escrevo sem saber ainda o que aconteceu, mas desejo que a família tenha força nesse momento e que ele descanse em paz. (…)

José Eugênio Maciel | [email protected]