Voto é passado? É futuro?
Uma eleição é feita para corrigir o erro da eleição anterior, mesmo que o agrave.
Carlos Drummond de Andrade
O que pesa para o eleitor escolher em quem votar, depende de muitos fatores, tanto diretos quanto indiretamente. O passado e o futuro, que podem ter ligações profundas, imensas distâncias ou gritantes contradições.
Candidatos sabem disso. Eles podem destacar o passado, como podem falar pouco e até desejar ignorá-lo. Candidatos podem destacar o futuro, como podem falar pouco e até desejar ignorá-lo. Eles enfatizam o que natural e politicamente acreditam que angariarão a simpatia do eleitor, para obter o voto.
A palavra-chave é biografia. Se o candidato já exerceu ou tem mandato, como desempenhou tal cargo. Se é a primeira vez que está na disputa, é certo que dirá até que nunca foi político, assim como que não vai ser político.
O interessante é que o passado é indicativo de recomendação positiva ou de negação. Não em si mesmo, passado é trajetória pública ou privada. O passado por melhor que seja pode não empolgar o eleitor na medida que ele não seja uma ponte clara para o futuro. Passado será importante como experiência para desafios assumidos e voltados para o futuro no qual o candidato demonstra capacidade de viabilizá-los.
Aos candidatos a postulação gira em torno de tais situações, passado e futuro. Aos eleitores cabe pensar sobre eles, candidatos quanto ao que eles foram e são, e diante do que propõem para merecer nosso voto.
E nós eleitores, como é o nosso passado de eleições? Como seremos agora com o voto?
Fases de Fazer Frases (I)
Nem tudo que sobra é demais. É a mais.
Fases de Fazer Frases (II)
Rir dos outros é fácil. Engraçado mesmo é saber rir de si mesmo.
Fases de Fazer Frases (III)
Partindo do pressuposto que nem tudo é posto, o suposto é parte.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Quarta passada, quando me dirigia para a sala de aula, à noite no Colégio Estadual de Campo Mourão, encontrei no corredor o candidato a governador pelo PSOL, o professor Piva. Na outra eleição, para o Senado, votei nele. Existe uma ligação profissional, estudamos na mesma sala Ciências Sociais na PUC – Pontifícia Universidade Católica em Curitiba, anos 80. Também como eu, é professor concursado na rede estadual, de Sociologia. Rapidamente recordamos aqueles tempos, quando ele militava no PT.
Reminiscências em Preto e Branco – Marcos (I)
Marcos Erhart foi um grande e dedicado professor, memória prodigiosa. Deixa como exemplo, entre outros, o de ter sido diretor da nossa Fecilcam, cargo alcançado e exercido como fruto do idealismo notável, longe do carreirismo. Tinha compromisso com a educação, como ressaltou a professora Sinclair Casemiro, que também dirigiu a referida Faculdade, o legado positivo do grande professor, permanece, inspirador.
Reminiscências em Preto e Branco – Waldemar (II)
Uma vida inteira dedicada ao trabalho e a família. Dono de um sorriso amável, cativante, humano por excelência. O carimbo maior, a assinatura mais importante, tudo o que autenticou foi legítimo, com denodo profissional, honorabilidade e honradez. O Cartório do Waldemar tornou-se para Campo Mourão e região, nosso referencial típico do autêntico registro da fé pública, algo que ele tinha acerbadamente. Figura humana ímpar, a ser evocada, agora infelizmente na saudação à memória. Waldemar Daniele tinha 66 anos.
Reminiscências em Preto e Branco – Beatriz (III)
Teatro, cinema e televisão, sempre a grande atriz. Despediu-se da vida aos 92 anos. Perde-se uma das maiores escolas de interpretação de todas as artes, exemplo e inspiração, Beatriz Segal. Nos últimos anos, na casa dela dava aulas a atores ou pretendentes, mestra dona de um gabarito caracterizado pela elegância, altivez, de respeito para com colegas ou futuros atores, respeito ante ao público. Ficou estigmatizada como Odete Roitimam, a vilã da novela Vale Tudo, 1988.
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Por José Eugênio Maciel | [email protected]