Capital Humano

Quando o capital e a tecnologia são acessíveis a todos igualmente, o que marca a diferença é a qualidade do capital humano. Tom Peters

Na coluna de 22 de agosto tratamos sobre um dos pilares de qualquer processo de Desenvolvimento sustentável: o capital social. Hoje, gostaria de tratar de outro destes pilares, tão importante quanto o primeiro: o Capital Humano.

Afinal, quem são os protagonistas do desenvolvimento, senão as pessoas que residem na localidade/região? Ou seja, os moradores de uma determinada região assumem seu papel de sujeitos de sua própria história. Então, em qualquer processo de desenvolvimento que se queira sustentável a premissa básica é a de envolvimento e capacitação das pessoas.

Porque para buscar o desenvolvimento, é necessário que as pessoas mudem seu status atual, através do crescimento de habilidades, conhecimentos e competências. Este conjunto de fatores vou considerar aqui como o Capital Humano.

Então, ampliar o capital humano significa investir em educação, principalmente, mas também em outros fatores relacionados à vida das pessoas, como condições de saúde, alimentação, habitação, segurança, entre outros. Pois a educação por si só, não consegue atingir seus objetivos se as pessoas não tiverem satisfeitas suas necessidades básicas.

Baixos índices de capital humano, obviamente, se traduzem em menores possibilidades de desenvolvimento. Se as pessoas não desenvolverem suas potencialidades, não será possível falar de desenvolvimento, cujo princípio básico é o de melhorar as condições de vida das pessoas.

O desenvolvimento não é um resultado somente do crescimento econômico, envolve relações humanas, e o desejo dessas pessoas em alcançarem uma melhor qualidade de vida para todos. O desenvolvimento depende da adesão das pessoas, elas precisam se colocarem como sujeitos do movimento. Então, a qualidade do processo de desenvolvimento depende diretamente da qualidade das pessoas, e de seu interesse e capacidade de aderir e contribuir com o processo.

Não é possível existir desenvolvimento sem que as pessoas tenham desenvolvido suas competências e qualidades. O capital humano passa a ser a principal fonte do valor. E este valor não está somente nos bens físicos, mas principalmente nos bens imateriais, como intelecto, tecnologias, conhecimento aplicado, etc.

Pessoas bem preparadas contribuirão com a boa governança do processo, melhorando a capacidade da sociedade de construir canais de participação, com níveis de representatividade, legitimidade e confiança entre o Governo e a sociedade organizada.

Um bom governo também depende das qualidade e compromissos dos governantes, mas sobretudo, da capacidade de escolha das pessoas que o elegerão.

E isto, indiscutivelmente, está relacionado com os níveis de empoderamento da sociedade, o que por sua vez depende dos níveis de capital humano e capital social.

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Carlos Alberto Facco – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão | [email protected]