Pixuleco em Curitiba

O povo está de maus bofes com o governo de Dilma Rousseff e principalmente com a corrupção desbragada que avançou sobre as estatais, especialmente sobre a Petrobras. Pois, pois, ontem o símbolo nacional contra a corrupção chegou em Curitiba, a capital nacional das investigações da Operação Lava Jato, e fez grande sucesso, para desânimo dos petistas que insistem em dizer que todos amam Dilma, Lula e o PT, só as elites perfumadas são contra. Bobagem. De cima abaixo, de A a Z, ninguém mais tolera o PT.

Pixuleco, o boneco do Lula inflado, percorre o país para colher 1,5 milhão de assinaturas de apoio ao projeto da MPF das 10 medidas contra a corrupção.

O boneco inflável esteve na Polícia Federal, passou na Procuradoria da República para entregar as assinaturas de apoio ao projeto de iniciativa popular contra a corrupção, colhidas na última manifestação, no dia 16 de agosto, e participou de ato na Boca Maldita.

Bico calado

Convocados pela CPI da Petrobras, o publicitário Ricardo Hoffmann, ligado ao deputado cassado André Vargas (ex-PT-PR), e o lobista Fernando Moura, ligado ao PT, se recusaram ontem a responder. Eles foram chamados à comissão para prestar esclarecimentos na condição de acusados, mas permaneceram em silêncio diante de questionamentos sobre relacionamento deles com o ex-ministro José Dirceu, com o doleiro Alberto Youssef, com o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo (PT), com o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque ou com a senadora petista Gleisi Hoffmann.

Veneri vaiado

O deputado Tadeu Veneri, do PT, acostumado a bater em todo mundo que não é petista, levou ontem uma sonora vaia em frente a Justiça Federal em Curitiba. Veneri, sem jeito, sorriu amarelo e apressou o passo.

APPpetista

Em Curitiba, a greve dos professores da UFPR está chegando ao 22° dia e nada dos diretores da APP-Sindicato aparecerem para prestar apoio. A greve é contra o descaso do MEC e cortes do governo federal.

Duque negaceia

Renato Duque deu a entender que pretendia fazer um acordo de delação premiada com a Lava Jato, mas até agora não se mostrou disposto a entregar ninguém. Seu advogado, Marlus Arns de Oliveira, irritado, pensando em abrir mão de sua defesa.

Marcelo do Marcelo

O desembargador Marcelo Navarro foi aprovado por unanimidade pela CCJ do Senado para assumir o cargo no STJ. Marcelo Navarro afirmou não ter impedimentos para julgar a Lava Jato. A gente sabe que ele não tem impedimentos. Marcelo Odebrecht também.

Amarradíssimos

Após o governo assumir que as contas públicas podem fechar 2016 com um rombo de R$ 30 bilhões, parte dos políticos, do mercado e da imprensa afirma que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, está com um pé para fora do governo. O problema é que aonde Levy for, a presidente Dilma Rousseff irá em seguida. Inclusive, para fora de Brasília.

Dilma não descarta CPMF

A presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que não gosta da CPMF, mas que não afasta a possibilidade de o governo precisar de novas fontes de Receita. Segundo ela, quando houver condições e maturação para que o governo mande um adendo com mais informações sobre o Orçamento, isso será feito.

Sabatina

A CCJ aprovou por unanimidade o nome de Marcelo Navarro para o STJ. Não houve perguntas difíceis, não houve polêmica, não houve sequer cobertura da imprensa tradicional. Suspeita-se que Navarro seja o homem que vai soltar Marcelo Odebrecht e enterrar a Lava Jato no STJ

Dilema

O delegado Eduardo Mauat, que investiga a Odebrecht na Lava Jato, foi reintegrado à Lava Jato depois de ser colocado na geladeira por algumas semanas. Fontes da PF, porém, garantem que Mauat não durará no posto até o fim do mês. Sua substituição à frente do inquérito contra MO já estaria garantida. Fãs de Mauat pedem a Eduardo Cardozo e Leandro Daiello que deixem o delegado onde está ou serão reproduzidos em bonecos infláveis.

Acareação

A CPI da Petrobras fez acareação em Curitiba entre o delator Augusto Mendonça e o ex-diretor da Petrobras Renato Duque e o ex-tesoureiro do PT João Vaccari. Duque se mostra irritadíssimo com Mendonça, a ponto de quase desobedecer a orientação do advogado de permanecer em silêncio.