Ex-prefeito se diz perplexo com declarações sobre dívida

O ex-prefeito de Fênix, Edwaldo Gomes de Souza (PDT), contradisse ontem à TRIBUNA, reportagem publicada na última semana, onde a atual administração afirmou ter assumido o município com dívidas de R$ 2,5 milhões. Ele se disse perplexo com a informação. Parece mesmo que o gestor fugiu da escola e não consegue entender contas matemáticas, criticou. Souza informou que apresentou balanço financeira da administração ao Tribunal de Contas do Estado do Paraná ao fim de sua gestão com um superávit de 148,2 mil. Deixamos inclusive saldos em contas bancárias para liquidação de todos os fornecedores, afirmou. O ex-prefeito negou também ter deixado o pátio de máquinas sucateado. Nunca na história do município se viu um pátio equipado, ressaltou, ao comentar que desde 2005 o município não adquirira veículos para a frota municipal.

Escolas equipadas e novos conjuntos habitacionais

Edwaldo negou também que tenha deixado o município em estado de abandono ao seu sucessor. Segundo ele, ao contrário do informado, as escolas das cidades ficaram equipadas desde móveis e utensílios a veículos novos. Fizemos também construções de creches e revitalização de praças, ressaltou, ao comentar que depois de 10 anos entregou à cidade dois novos conjuntos habitacional beneficiando mais de 80 famílias. Os balanços de tudo isso foram entregues ao atual prefeito em janeiro deste ano, falou. Quanto à auditoria que será realizada pelo atual gestor, o ex-prefeito disse que é direito de cada prefeito fazer o que achar melhor. Estamos de consciência tranquila e com a absoluta certeza de que entregamos o município com avanços. E sempre zelando dos recursos públicos, assegurou.

Me sinto ofendida, diz juíza sobre manifestações do TSE

A juíza eleitoral da Comarca de Campo Mourão, Gabriela Borri Aranda, afirmou na terça-feira, durante audiência pública que discutiu o rezoneamento eleitoral, que se sente ofendida com as manifestações que estão sendo feitas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com relação às discussões contrárias a resolução do TSE, que prevê a extinção de zonas eleitorais no Paraná. Quando trabalhamos nos dizendo contrários a resolução o que ouvimos do TSE é que somos corporativistas e estamos defendendo nossos próprios interesses. Isso é uma ofensa, afirmou a magistrada. Para ela, ao propor o fim de zonas eleitorais, a resolução do TSE fez uma “interpretação perversa”. Será atingida a população mais fraca, de municípios menores e mais distantes, sustentou. Pela resolução, 83 zonas eleitorais serão extintas no Paraná, sendo várias na região, incluindo a 183ª, de Campo Mourão.

Economia será irrisória

A justificativa do TSE para o fechamento das zonas eleitorais é por motivo de economia. Segundo a juíza Gabriela, com o fechamento da zona 183 em Campo Mourão seria extinta uma função comissionada, um cargo de juiz eleitoral e um promotor eleitoral, gerando uma economia média mensal de R$ 13 a R$ 14 mil à Justiça Eleitoral. Mas a pergunta que se faz é: este valor justifica aquilo que realmente vai tirar da população, questiona a magistrada. Segundo ela, números apontam para uma economia anual de R$ 13 milhões no orçamento da Justiça Eleitoral com a extinção das zonas previstas, o equivalente a uma economia de apenas 0,2%. É uma economia muito pequena perto do que representa de impacto na vida da população, defendeu.

Dito e Escrito

Esta resolução vai atingir em cheio o ponto mais fraco do sistema democrático: o eleitor.

Luciano Matheus Rahal, promotor de Justiça de Campo Mourão, na terça-feira, ao comentar, durante audiência pública, sobre medida do TSE que extingue zonas eleitorais no Paraná.