The book is on the table

Já há tempos é notório que os termos em inglês estão cada vez mais presentes no nosso cotidiano. Principalmente no mundo dos negócios. Mas nos últimos anos, com o movimento das startups (taí um deles!), ficaram muito mais frequentes.

Há alguns dias, no lançamento do Empreende Week – evento de tecnologia e empreendedorismo que será realizado de 17 a 19 de outubro no Parque de Exposições – citamos alguns termos e observamos comentários sobre a frequência deles no vocabulário dos empreendedores atuais.

De fato, pode até ser um exagero. Mas as empresas de tecnologia tendem a ser empresas globais, ou pelo menos internacionalizadas. Então seus jovens criadores acabam incorporando a terminologia até para uma melhor comunicação com parceiros mundo afora.

Neste sentido, recentemente assisti uma palestra em Curitiba de uma startup paranaense que está fazendo muito sucesso nos Estados Unidos. Já tem até escritório no Vale do Silício. E a principal mensagem do palestrante/empresário foi: sua empresa deve nascer com foco no mercado mundial. A startup em questão, só para termos uma ideia, começou a projetar seu aplicativo totalmente em inglês. O site da empresa é em inglês. As páginas dos seus criadores são em inglês. E eles não falavam nada de inglês.

É no mínimo muito interessante ouvirmos as falas do pessoal jovem ligado ao movimento, pois eles criam quase que um novo idioma, um misto de português e inglês, porém com alguns termos que não são nem uma coisa nem outra.

Apenas a título de curiosidade, alguns termos que ouvimos constantemente:

Startup: empresa emergente com um modelo de negócio escalável.

Co-working: Espaço de trabalho compartilhado por diversas empresas, que passam a poder se relacionar e a trocar conhecimentos. Uma variação é o co-living, que é um espaço compartilhado para moradia (lembra da república? Virou co-living).

Pitch: apresentação da ideia para investidores e/ou mentores, de forma muito rápida;

Hackaton: eventos com propósito de unir criadores de produtos em competições para desenvolver uma solução ou resolver um problema da empresa patrocinadora.

Founder: Criador de um negócio.

Crowdfunding: forma de levantar recursos para um projeto baseada em financiamento coletivo, normalmente feito por uma plataforma especializada.

Core Business: negócio principal da empresa.

Business plan: plano de negócios.

Business model Canvas: ferramenta para definir o modelo de negócio a ser seguido durante todo o projeto. É a fase mais básica do planejamento.

MVP (Minimum Viable Product): produto minimamente viável. É basicamente um produto que é lançado no mercado em teste.

Outsourcing: terceirização de um trabalho.

Open inovation: inovação aberta. Podem ser eventos parecidos com o hackaton, porém sem prototipagem.

Spin-off: Parte de uma empresa que se separa da empresa mãe e ingressa no mercado.

Venture Capital: capital de risco. É o investimento feito em empresas muito jovens que apresentam alto potencial de crescimento.

Pivotar: Pivotar significa mudar a estratégia e o rumo de uma empresa.

E, como estes, muitos outros estão cada vez mais no nosso cotidiano. E você, o que está esperando para fazer um pitch, apresentar seu MVP e encontrar um venture capital para pivotar sua startup?

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Carlos Alberto Facco – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão | [email protected]