Dólar futuro: entenda o investimento e como aplicar de forma eletrônica

Uma das modalidade de rentabilidade na bolsa que ainda podem trazer dúvida para os investidores é o dólar futuro. Apesar de a moeda ser mundialmente conhecida, nem sempre é a primeira opção para quem começar a aplicar em busca de retorno financeiro.

Investir em dólar futuro torna-se mais atrativo quando a cotação da moeda norte-americana está em valorização, uma vez que a operação é feita por meio de contrato com data pré-definida no momento da compra. Considerando o valor do dólar hoje, em R$ 5,27 (apuração em maio de 2021), a operação mostra-se uma alternativa para quem quer diversificar a carteira de investimentos.

O dólar futuro é uma commodity financeira negociada na Bolsa de Valores. Na prática, a transação é feita no mercado futuro, assim, havendo alta da moeda no período determinado pelo contrato, o investidor obtém lucro. 

Há duas formas de investir: pelo contrato cheio (DOL) ou o minicontrato (WDOL). O primeiro modelo tem valor mais alto, equivalente a U$ 50 mil. Usualmente, a venda é feita em lotes de cinco contratos, o que eleva o investimento inicial para U$ 250 mil e acaba por restringir essa opção aos grandes investidores como, por exemplo, empresas do ramo de exportação. 

Já o minicontrato corresponde a um quinto do valor do DOL (U$ 10 mil) e tem venda unitária, sendo uma possibilidade mais palpável para os investidores pessoas físicas.

Vantagens e riscos

O investimento em dólar futuro possui alta liquidez, o que significa facilidade para resgatar o valor em espécie. Outra vantagem é a possibilidade de obter um alto retorno financeiro com as operações. O cenário de alta da moeda tem assegurado bons rendimentos aos investidores.

O principal risco da operação consiste na variação da taxa de câmbio. Por isso, é necessário que os investidores acompanhem o cenário macroeconômico antes de incluírem essa modalidade na carteira de investimentos.

Como investir

Para investir em dólar futuro, é necessário ter uma conta em uma corretora de investimentos, responsável por intermediar a transação. Feito isso, o investidor terá acesso ao home broker e poderá avaliar os preços dos contratos disponíveis. Após essa análise, é feita a escolha e, em seguida, a remessa de compra.

Casado de dólar

Desde abril, a Bolsa de Valores nacional (B3) passou a disponibilizar a negociação do Casado de Dólar (CSD2) em tela, uma opção para a negociação simultânea de dólar futuro e dólar spot no ambiente virtual de modo automatizado. 

A B3 esclarece em seu site institucional que o CSD2 não consiste em contrato adicional. Ao optar pela modalidade, negociação gera, automaticamente, uma operação no mercado futuro e outra inversa, de mesmo valor, de Câmbio Pronto para liquidação em D+2. Essa transação também é feita por intermédio de uma corretora.

Em entrevista ao site da B3, o superintendente de Produtos de Juros, Moedas e Equities, Marcos Skistymas, explicou que a proposta de oferecer a negociação do CSD2 no ambiente virtual busca assegurar maior eficiência operacional. “Desenvolvemos o produto em conjunto com as instituições que participam do mercado secundário de câmbio. Essa iniciativa faz parte do objetivo de entregar soluções que atendam às necessidades do mercado.”

Antes da alternativa da operação pelo ambiente virtual, as operações de dólar futuro e dólar spot eram realizadas separadamente apenas no ambiente de Balcão, que seguem sendo realizadas.