Saúde alerta para casos de doença rara que pode estar associada à Covid-19

A Secretaria de Estado de Saúde está monitorando os casos de Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P), uma doença considerada rara e que pode estar associada ao coronavírus. Os sintomas costumam aparecer até quatro semanas após a exposição ao vírus em crianças e adolescentes de zero a 19 anos.

Com objetivo de identificar se a síndrome pode estar relacionada à Covid-19, o Ministério da Saúde, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), emitiu em maio um alerta orientando sobre o manejo clínico e a importância da identificação precoce dos casos de SIM-P no Brasil.

Em julho, o ministério publicou a nota técnica nº 16/2020-CGPNI/DEIDT/SVS/MS, que orienta sobre como a notificação deve ser realizada pelos serviços de saúde ao identificar crianças ou adolescentes que preencham a definição de caso através dos sinais e sintomas mais comuns.

“Trata-se de uma medida de vigilância em saúde. É muito importante que os serviços de saúde notifiquem no sistema sobre os possíveis casos desta doença, prestando atenção nos sintomas, principalmente se a criança ou o adolescente tiveram a confirmação laboratorial de coronavírus, pois isso pode remeter à hipótese de associação entre a SIM-P e a Covid-19”, disse o secretário da Saúde, Beto Preto.

Sintomas

Os sintomas são febre persistente, conjuntivite, edema em extremidades, manchas no corpo, dor abdominal, manifestações gastrointestinais (vômito e diarréia) e elevados marcadores inflamatórios, sendo que os sintomas respiratórios nem sempre estão presentes.

Números

No Brasil, até 22 de agosto, dados do Ministério da Saúde mostram que foram notificados casos de 197 crianças e adolescentes de zero a 19 anos. Destes, 14 morreram em função da SIM-P temporalmente associada à Covid-19. No Paraná, até esta terça-feira (22), foram notificados 10 casos, de acordo com levantamento da secretaria estadual da Saúde – seis do sexo masculino e quatro do feminino, com idade entre três a 16 anos. Quatro já tiveram alta hospitalar, três foram a óbito e três permanecem em investigação. Os casos ocorreram nos municípios de Curitiba (7), Fazenda Rio Grande (1), Realeza (1) e Medianeira (1).