‘Tenho exercido na plenitude meu mandato’, diz Requião Filho, pré-candidato a reeleição à ALEP
O deputado estadual Requião Filho (PT) disse em entrevista à TRIBUNA, durante visita ao jornal nessa sexta-feira (6) com o pai Roberto Requião, pré-candidato ao Governo do Paraná, que tem exercido o seu mando em “plenitude”, ao se referir que sendo oposição ao Governo pode votar projetos com “liberdade”. Ele está exercendo o segundo mandato parlamentar e é pré-candidato à reeleição à Alep.
“Até o momento, na oposição com mais cinco deputados tenho exercido na plenitude meu mandato. Ou seja, se chega o projeto que acho bom, posso votar a favor. Se chegar um projeto que acho que pode ser melhorado, posso apresentar emenda. E se chega um projeto que acho que é um trambique, posso votar contra. Vejo que os deputados da base não têm esta liberdade”, observou, ao dizer que como oposição tem fiscalizado e denunciado erros do Governo.
Requião filho tem acompanhado o pai pelo Paraná que está em pré-campanha eleitoral. “E acho que o Requião vai ganhar a eleição”, diz. “O Paraná tem muito mais em comum com nós do que com o atual Governo. E acredito que com o Requião ganhando ainda vou continuar sendo o deputado com minhas próprias opiniões. Vou poder cobrar, criticar. Assim deveria ser. Não é por você ser um deputado de base do governo que tem que ser submisso. Essa velha política do ‘toma lá da cá’ tem prejudicado o Paraná”, avaliou.
Saída do MDB
Assim como o pai, Requião Filho também trocou o MDB pelo PT. Ele partilha da mesma opinião de Roberto Requião: “Deixei o partido porque a executiva se perdeu. Foi negociar cargos e apoiar o pedágio. Eu jamais apoiaria isso, por isso tive que sair do partido. Mas os amigos verdadeiros do MDB, mesmo quem ainda permanece no partido, estão conosco na campanha”, falou, ao dizer ainda que ele e o pai não saíram do grupo político, mas que ‘a sua cúpula se perdeu’ e eles, por uma ‘posição legal’, não poderiam continuar no partido.
Dados Abertos do Paraná
O deputado é autor da proposta de um projeto de lei que busca instituir a Lei de Dados Abertos do Paraná. Ele explicou a importância da proposta para garantir a transparência na gestão pública. “Na minha opinião é um projeto para combater a corrupção no Brasil, não adianta discurso, tem que ter transparência e esse projeto traz muita transparência sobre os gastos do estado, mas tem sido difícil colocá-lo em pauta na Assembleia Legislativa no Estado do Paraná, porque leva minha assinatura e eu sou deputado de oposição”, critica.
Na avaliação de Requião Filho, não há vontade política para se construir um site público que ofereça a mesma facilidade de navegação que um site privado. Segundo ele, garantir transparência também é um meio para dificultar a disseminação de fake news. “Hoje o portal da transparência do Governo do Estado é uma fake News. Os dados não correspondem à realidade”, acusou. Ele disse, por exemplo, que as informações oficiais sobre o pedágio são as mais absurdas possíveis. “Novos modelos e não vai ter praça, vai ter praça, vão modificar. A realidade é que nós temos mais 15 praças de pedágio no Paraná, teremos mais 30 anos de pedágio no Paraná, provavelmente com um preço muito parecido com o que tivemos até pouco tempo. E, a cada notícia oficial do governo, os números são massageados, as frases são colocadas de formas abertas que podem ser interpretadas de ‘N’ maneiras”, frisou.
