1º semestre: Região teve 4 mortes de bandidos em confronto armado com PM, aponta Gaeco

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), divulgou nesta terça-feira (12), balanço de mortes registradas de bandidos em confrontos com forças de segurança. Os números abrangem todo o território estadual. São referentes ao primeiro semestre de 2023.

De acordo com os dados, na região de Campo Mourão, houve 4 mortes de criminosos em confronto armado com a Polícia Militar em uma única cidade da Comcam, no período. Neste caso em Terra Boa: 4 óbitos. Por causa destes números a região ocupa a 9ª colocação no ranking estadual com maior número de mortes em confrontos com forças de segurança. O primeiro da lista é Curitiba, com 33 casos.

Confrontos e mortes na região

Um dos confrontos que terminou com três bandidos mortos em Terra boa aconteceu no dia 30 de janeiro deste ano. Dois de 41 anos e outro de 44. Eram integrantes de uma quadrilha de assaltos. Eles morreram em um confronto no distrito de Malu.

Conforme a Polícia Militar, a ação ocorreu na estrada Palmital, onde a PM apreendeu ainda dois veículos: uma caminhonete Ford Ranger e um GM Cruze, três armas de fogo e mercadorias contrabandeadas do Paraguai.

A perseguição aos bandidos que estavam na caminhonete, iniciou no município de Jussara. No entanto, quando a equipe tentou a abordagem, os bandidos fugiram e dispararam um dispositivo de fumaça na parte traseira do veículo, atrapalhando a visibilidade dos policiais. Com isso conseguiram fugir, mas por pouco tempo. Logo em seguida a PM obteve informações de que a caminhonete e um Cruze, teriam sido vistos em uma área rural, próximo a uma mata, no distrito de Malu.

A equipe da PM de Cianorte, já com uso de cães farejadores e apoio da Rotam e Rádio Patrulha de Terra Boa, localizaram os criminosos, iniciando um confronto. Na ação, três bandidos foram baleados e morreram no local. Os policiais ainda apreenderam uma carga de celular e três armas de fogo. Segundo a PM, os mortos moravam em Cianorte e em Cruzeiro do Oeste.

A quarta morte em confronto com policiais militares aconteceu no dia 11 de maio deste ano. Um homem, de 30 anos, foi morto a tiros após perseguição pela cidade. À época, de acordo com a PM, os policiais foram acionados para atender uma ocorrência de ameaça com arma de fogo contra um dono de um lava-jato. Ao chegar ao local, os agentes não encontraram o suspeito, que havia fugido.

Durante a busca, a PM encontrou o veículo em alta velocidade. Ao tentar abordar, o suspeito não obedeceu aos sinais de parada e fugiu. Na perseguição, o suspeito disparou tiros contra a equipe, que revidou. O suspeito, ainda em fuga, conseguiu escapar dos agentes. Momento depois, o veículo foi encontrado abandonado às margens da Estrada Ourupu, na mesma região.

Um cerco foi feito para encontrar o homem. Com ajuda dos cães farejadores, o suspeito foi encontrado no meio do mato com a arma apontada para os policiais, que atiraram. Equipe de socorro foram acionadas, mas o suspeito estava sem vida. Com ele foi encontrada uma pistola 38 milímetros, conforme a polícia.

Retrato no PR

Segundo o levantamento, em todo o Paraná foram 158 mortes no 1º semestre deste ano, sendo 156 resultantes de confrontos com policiais militares e duas com guardas municipais. Não houve registro de morte causada por policiais civis. Os números representam uma queda expressiva no total de mortes, tanto em comparação com o segundo semestre de 2022 (-32,5%) quanto na comparação com o primeiro semestre do ano passado (-37,8%).

Conforme o Ministério Público, o controle estatístico das mortes em confrontos policiais pelo Gaeco faz parte de estratégia institucional de atuação do órgão com o objetivo de contribuir para a diminuição da violência das abordagens conduzidas pela polícia.

Recortes

Houve registros de mortes de civis em confronto em 50 cidades. No topo da lista estão Curitiba (33 casos), Londrina (16), Apucarana (8), Foz do Iguaçu (7), Cambé (6), Piraquara (6), São José dos Pinhais (5), Ponta Grossa (4) e Terra Boa (4). Outros oito municípios tiveram três mortes cada, 11 registraram duas mortes e mais 22 contabilizaram um caso cada.

Quanto à cor dos mortos, 79 eram pardos (50%), 7 negros (4,4%) e 72, brancos (45,6%). Em relação à faixa etária, 12 (7,6%) tinham entre 13 e 17 anos; 87 (55,1%), entre 18 e 29 anos; 56 (35,4%), entre 30 e 59 e 3 (1,9%) tinham 60 anos ou mais.