Semana é marcada por dois crimes bárbaros em Campo Mourão

A semana foi marcada em Campo Mourão por dois crimes bárbaros ocorridos na terça-feira, dia 10, que chocaram até mesmo profissionais acostumados a situações extremas. O primeiro ocorreu à tarde, no Jardim Tropical 2, onde a adolescente Patricia Kauane Santos de Mello, de 16 anos, foi brutalmente assassinada pelo sogro, de 48 anos, a golpes de facão. A vítima teve braços, perna e pescoço mutilados pelos golpes.

A vítima do outro crime, ocorrido à noite, foi uma criança de 12 anos, que mora com a avó no Conjunto Milton Luiz Pereira. Ela acusa o próprio tio, de 24 anos, de tê-la estuprado no meio do mato, após obrigá-la a entrar no carro dizendo que iria comprar lanche. Após conseguir fugir ela pediu ajuda a um vigilante, que chamou a Polícia Militar. 

Os autores do ambos os crimes, apesar de identificados, estão foragidos. A polícia tem feito buscas por toda a cidade e região mas até a tarde desta sexta-feira (13) nenhum dos dois foi preso. A Polícia Civil evitou falar oficialmente para não prejudicar as investigações. 

O estupro da menina de 12 anos causou muita revolta e nas redes sociais houve várias manifestações de pessoas dispostas a fazerem justiça com as próprias mãos. Um áudio com a voz de uma mulher que seria da mãe dela pede a um amigo que empreste uma arma. “Eu vou matar ele”, ameaça. Um internauta morador do Lar Paraná convocou pela rede social moradores do bairro a procurarem o autor do crime para linchá-lo.

Em entrevista à TV Carajás, o padre Gaspar Gonçalves, da Paróquia São Francisco de Assis, comentou sobre essas situações de violência e pediu que as pessoas busquem a Deus. “Neste momento de dificuldade financeira, pandemia, algumas pessoas perdem a cabeça. Precisamos buscar equilíbrio. O ser humano está ficando perdido, não estão mais rezando. Sem Deus a gente vira um animal irracional. Meu apelo é que as famílias rezem, deixem um pouco do celular”, conclamou.

Chocado com os crimes, o padre pede disciplina na vida em sociedade e familiar. “O filho não pode mandar em casa, senão vamos construir uma geração de pessoas desequilibradas. Todos enfrentam problemas na vida e se não houver  equilíbrio a gente faz barbaridade. O joio e o trigo estão dentro de nós, vai crescer aquele que a gente adubar mais. Somos capazes de vencer porque o Reino de Deus também está em nós”, ponderou o padre.