Rubens Bueno atua no esforço para liberar R$ 2 bi para Santas Casas

O deputado federal Rubens Bueno (Cidadania-PR) integra o grupo de parlamentares que está atuando junto ao governo federal para conseguir a liberação de R$ 2 bilhões às Santas Casas de todo o país para cobrir os gastos elevados em consequência do enfrentamento à Covid-19. Esse recurso foi prometido há 4 meses pelo governo e seria liberado por meio de uma medida provisória, que até hoje não foi editada. O grupo vem conversando com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para cobrar uma solução.

Para tratar da estratégia para pressionar pela liberação desse dinheiro, fundamental para que as Santas Casas consigam manter o atendimento até o fim do ano, Rubens Bueno participou de reunião nesta quarta-feira (29), em Brasília, com representantes da Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB) e deputados da Frente Parlamentar de apoio às Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicas.

“Sem esse dinheiro as Santas Casas correm o risco de fechar as portas e deixar milhões de pacientes sem atendimento. São entidades centenárias que enquanto o serviço público não atendia a população, eles atendiam a todos, sem distinção. Depois veio o SUS, que ampliou o atendimento de saúde no Brasil. Mas muitas distorções ainda existem e os recursos do SUS repassados para os hospitais filantrópicos são insuficientes. Os gestores precisam ser mágicos para administrar uma Santa Casa”, disse.

De acordo com dados da CMB, atualmente a tabela do SUS só remunera, em média, 60% do total dos gastos dos hospitais com o atendimento público. E a situação piorou com a pandemia, que causou uma explosão nos gastos, sobretudo com a aquisição de insumos que dobraram, triplicaram ou quadruplicaram de preço, com elevação de até 15 vezes na quantidade utilizada, como foi o caso do kit de intubação. Já a inflação dos equipamentos de proteção individual ultrapassou os 400%.

Rubens Bueno lembra ainda que hoje existem quase 2 mil hospitais espalhados pelo Brasil e em muitas cidades representam a única alternativa de atendimento gratuito. Eles respondem por mais de 50% da assistência pública total no país e por mais de 70% dos serviços de alta complexidade, como tratamento de câncer e transplantes. São 127 mil leitos conveniados, com 24 mil deles de UTIs.