Atualização de rebanhos entra na reta final com 67,6% das propriedades cadastradas na região

Os produtores rurais com animais de qualquer espécie precisam fazer o procedimento de atualização do cadastro do rebanho na Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) até o dia 30 de junho. O cadastramento é obrigatório e pode ser feito de forma online ou presencial. Veja as opções abaixo. Quem não cumprir com a medida fica impedido de obter a Guia de Trânsito Animal (GTA). Com a campanha na reta final (entrou para a última semana), até o momento, a média de atualização das propriedades rurais na região da Comcam é de 67,6%, conforme último relatório atualizado divulgado pela Adapar. Ou seja, de um total de 8.528 explorações pecuárias, 5.766 fizeram a comprovação, restando ainda outras 2.762.

Na região de Campo Mourão, apenas Ubiratã fez a atualização e comprovação de 100% de seu rebanho. Por lá, os proprietários de todas as 331 explorações fizeram o ‘dever de casa’. Em Campo Mourão, o índice de atualização atingiu 69,55%. Os municípios com os maiores índices de comprovação são: Luiziana (86,19%), Araruna (82,95%), Quarto Centenário (80,82%) e Rancho Alegre D’Oeste (77,42%). A cidade de Engenheiro Beltrão é a que tem a menor comprovação: 40,59%. Veja abaixo os números por município.

Os objetivos da atualização, que é obrigatória, são manter a saúde dos animais de produção, proporcionar a rastreabilidade dos rebanhos e contribuir com a defesa agropecuária paranaense. O processo é obrigatório para todos os produtores que possuam animais de produção em sua propriedade, sejam animais para comercialização ou subsistência.

O secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Marcio Nunes, que cumpriu agenda com prefeitos na sede da Comcam, em Campo Mourão, recentemente, aproveitou passagem pelo município e fez um apelo aos produtores rurais para que façam a atualização de seus rebanhos em suas propriedades.

“A atualização dos rebanhos é de fundamental importância. O Paraná hoje está conseguindo acessar centenas de mercados”, frisou. O secretário ressaltou que ‘é muito importante’ que o Paraná tenha o controle dos seus rebanhos porque a defesa agropecuária do Estado está baseada na rastreabilidade dos animais. “Então, é de fundamental importância para o futuro do negócio do produtor que ele faça este cadastramento, que garante ao Paraná o acesso a novos mercados”, falou.

Como já citado acima, o produtor que não cumprir a exigência ficará impedido de obter a GTA, documento que permite a movimentação de animais entre propriedades e para abate nos frigoríficos. A GTA somente será emitida após a atualização de todas as espécies animais existentes na propriedade, como bovinos, búfalos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos, aves, peixes e outros animais aquáticos, colmeias de abelhas e bicho da seda.

“O cuidado com a sanidade dos animais precisa ser permanente. E vamos conseguir isso se soubermos onde está e como se movimenta o nosso rebanho, possibilitando ação rápida, eficiente e eficaz”, ressaltou Nunes na ocasião. “Por isso, o nosso apelo mais uma vez para que todos cumpram com o dever de atualizar seu rebanho para não colocarmos um risco desnecessário a nós, a nossos vizinhos e à economia do estado”, alertou.

Atualização

Os produtores podem fazer a atualização:

  • Pelo aplicativo Paraná Agro

  • Pelo site da Adapar

  • Presencialmente em uma das Unidades Locais da Adapar (https://www.adapar.pr.gov.br), Sindicatos Rurais ou Escritório de Atendimento de seu município (prefeituras).

A partir de 30 de junho, o produtor que não atualizar o rebanho estará sujeito a penalidades previstas na legislação, inclusive multas.

Livre de aftosa

O Paraná foi reconhecido internacionalmente como Área Livre de Febre Aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) em 27 de maio de 2021. Como compromisso do Estado, há a necessidade de se fazer o cadastro de todos os animais uma vez por ano, durante os meses de maio e junho.

A Campanha de Atualização de Rebanhos tem, entre seus principais objetivos, a manutenção do status sanitário do Paraná, especialmente neste momento em que, pela primeira vez, todo o território nacional foi reconhecido como livre de febre aftosa sem vacinação.