Câmara de Engenheiro Beltrão afasta vereador investigado pelo Gaeco

A Câmara de Vereadores de Engenheiro de Beltrão, decidiu na manhã desta quarta-feira (12), por unanimidade dos votos, pelo afastamento das funções parlamentares, o vereador Valdir Hermes da Silva (MDB), mais conhecido como “Valdir Americano”. Ele não receberá o salário de parlamentar enquanto estiver afastado.

A decisão foi tomada durante sessão extraordinária. O parlamentar ficará desligado do cargo por 120 dias (quatro meses). No período de afastamento, assumirá a cadeira de “Valdir Americano”, o suplente, Fernando Donizete de Souza (MDB). Ele recebeu 222 votos nas eleições de 2020.

Silva é alvo da Operação “Arnaque”, deflagrada no dia 5 deste mês, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Mato Grosso do Sul. Ele foi preso na semana passada no 11º Batalhão da Polícia Militar de Campo Mourão no desenrolar da ação. A operação, foi realizada em oito estados contra suspeitos de integrarem uma organização criminosa que praticava golpes oferecendo empréstimos consignados.

Segundo o Gaeco, a maior parte das vítimas são idosos, que recebiam ligações dos suspeitos oferecendo propostas de empréstimos consignados e, em seguida, cobravam juros abusivos e utilizavam a documentação dos vitimados para a prática de outros crimes. Estima-se que a suposta organização criminosa tenha causado um prejuízo de ao menos R$ 200 milhões no país inteiro.

Os mandados de prisão, ação a qual o vereador foi detido, foram cumpridos nos Estados de Mato Grosso do Sul, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná e Piauí. Todos expedidos pelo Juízo da 4ª Vara Criminal de Competência Residual da comarca de Campo Grande.

“Valdir Americano” foi reeleito sendo o vereador mais votado da cidade em 2020, recebeu 349 votos. Além de presidente da Câmara Municipal, ele já foi presidente também da extinta Associação das Câmaras Municipais da Microrregião Doze (Acamdoze), em 2020. Aos 59 anos de idade é Policial Militar da reforma. Atuou como instrutor do Proerd (Programa de combate as drogas e a violência).

OUTRO LADO
A TRIBUNA tentou contato com o vereador na manhã desta quarta para comentar o caso. No WhatsApp, não atendeu à ligação e não retornou mensagem até o fechamento desta reportagem. Já seu celular dá apenas na caixa postal.