Colheita do milho segunda safra atinge 55% da área na região

Os produtores rurais estão a todo vapor com a colheita do milho safrinha na Comcam. O tempo firme e ensolarado está contribuindo para o avanço dos trabalhos que esta semana atingiu aproximadamente 55% da área cultivada, segundo o Departamento de Economia Rural (Deral), núcleo de Campo Mourão, vinculado à Secretaria da Agricultura e Abastecimento (SEAB).

Algumas áreas estão apresentando produtividade de até 350 sacas por alqueire, o equivalente a 8,6 mil quilos por hectare, enquanto outras apresentam queda de produção. A área com milho safrinha na Comcam – safra 2018/2019- é de 335,5 mil hectares, o volume de produção previsto é de 1,9 milhão de toneladas. A área é 3% maior que em 2018, quando os produtores semearam 326 mil hectares. A produção naquele ano foi de 1,7 milhão.

Segundo o Deral, o aumento da área está relacionado a questões de mercado, preços atuais, condições climáticas, entre outros fatores consideráveis para determinar da safra. Na região, o milho disputa espaço com o trigo e aveia. O engenheiro agrônomo do Deral, Edilson de Souza e Silva, lembrou que há anos o trigo tem um histórico ruim de comercialização fazendo com que muitos produtores optem pelo milho mesmo não tendo preços tão atrativos.

Na região a colheita está a todo vapor nos municípios de Boa Esperança, Campina da Lagoa, Juranda, Rancho Alegre d’Oeste, Ubiratã, Engenheiro Beltrão, Fênix, Quinta do Sol, Campo Mourão, entre outras cidades. Na região de Luiziana e Roncador onde as áreas são plantadas tardiamente a colheita está iniciando.

Apesar da boa produtividade na região, alguns produtores rurais ouvidos pela Tribuna relatam quebra da safra entre 15% a 20% em decorrência da estiagem no início do plantio da cultura. Contudo, o preço do grão reagiu do mês passado para este, saltando de R$ 28,00 a saca de 60 quilos para R$ 29,50. Souza lembrou que o Deral iniciou nesta semana um levantamento para detectar possíveis perdas em decorrência das geadas que atingiram a região nos últimos dias. A princípio não tem nada em estágio de perda, falou, ao comentar que 100% da cultura estão no estágio de maturação na região.

No estado, a expectativa é de uma safrinha melhor que a do ano passado, quando os agricultores paranaenses enfrentaram uma quebra de produção de 23%. Neste ano, a projeção é colher cerca de 13 milhões de toneladas, 42% a mais que em 2018, quando o volume colhido atingiu 9,1 milhões de toneladas.