Com avanço da dengue, municípios intensificam ações de combate na Comcam

Com o avanço da dengue na região de Campo Mourão, os municípios da Comcam vêm intensificando as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. A situação é preocupante. Há riscos, inclusive, de algumas cidades enfrentarem novamente uma epidemia da doença.

Em Engenheiro Beltrão, por exemplo, a secretaria municipal de Saúde mantém o alerta para que a população não descuide de seus quintais, principalmente após períodos de chuva, evitando o acúmulo de água em recipientes. Na cidade, agentes de endemias vêm fazendo fazendo um trabalho constante de aplicação de inseticida pela cidade.

Segundo o coordenador de endemias do município, Sérgio René Mazini, a aplicação vem sendo feita principalmente em bocas-de-lobos. “O objetivo é prevenir a circulação do mosquito. O trabalho foi realizado bem cedo porque não dá para passar no horário comercial devido ao fluxo de pessoas”, explicou.

Trabalhos preventivos vêm sendo realizados também na cidade de Barbosa Ferraz. Por lá, a secretaria de Saúde, por meio do departamento de Endemias, vem fazendo bloqueios, remoção de criadouros do mosquito Aedes e notificações. “A população precisa fazer sua parte olhando seus quintais e denunciando quem não adota as medidas de prevenção para que o município não sofra com essa doença”, orienta a Saúde.

Na última semana, o secretário de saúde Leandro Mello se reuniu com profissionais de Saúde da 11° Regional de Saúde de Campo Mourão e sua equipe de coordenação de vigilância em saúde, coordenação de atenção primária, vigilância sanitária, supervisor de endemias e agente de endemias, para planejar ações de prevenção à dengue, para que o município não sofra novamente o passou em 2019, quando sofreu uma violenta epidemia.

Em Roncador, a secretaria de Saúde, por meio do departamento de endemias, divulgou recentemente o novo índice do Lira (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti). Segundo o último relatório, o índice de infestação por larvas do mosquito transmissor da dengue, zika e chicungunha é de 3,4%. A cidade enfrenta médio risco de epidemia. Foram inspecionados 264 imóveis.

De acordo com a equipe do departamento de endemias, o índice nesse patamar é considerado preocupante porque pode levar o município a enfrentar um surto de dengue a qualquer momento. As equipes da saúde não descartam essa possibilidade, principalmente, porque continuam encontrando muitos focos do mosquito nos quintais das residências, em todos os bairros da cidade, tanto em pneus velhos, caixas d’água, piscinas, sucatas, lonas, entulhos e lixo.

“Agradecemos a todas as pessoas que estão colaborando com o combate ao mosquito e lembramos que este é um momento de não descuidar da limpeza das casas e terrenos, eliminando os possíveis criadouros”, alerta o secretário municipal de Saúde, Amadeu Elizio.

Em Goioerê, equipes de endemias realizaram esta semana uma ação de limpeza priorizando a retirada de lixos dos terrenos baldios do Bairro Jardim Morumbi, local com alta infestação do Aedes. As ações foram realizadas também na Vila Candeias e Jardim Primavera.

Durante os trabalhos, os agentes adentraram os terrenos com sacos de lixo e retiraram materiais que estavam descartados de forma irregular, servindo de criadouros para o mosquito da dengue. Foram retirados cerca de 800 quilos de material, entre plásticos, embalagens, garrafas, copos descartáveis, sucatas e outros objetos que estavam jogados pelos terrenos.

As ações de prevenção seguem constantemente também na cidade de Campo Mourão que já tem 85 casos confirmados da doença. Caminhadas ecológicas foram retomaras nos finais de semana, e o trabalho diários dos agentes de endemias vem sendo ainda mais intensificado.