Comcam registra 24 casos de dengue e preocupa Saúde

A região de Campo Mourão chegou nesta semana a 24 casos confirmados de dengue (14 autóctones). Estão também sob investigação, 115 casos notificados. Os números foram divulgados pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesa). Os dados são referentes ao monitoramento realizado entre dia 28 de julho de 2019 até essa terça-feira (23).

As cidades com casos da doença – ordem por maior número de confirmações – são: Juranda (9); Nova Cantu (4); Quinta do Sol (3); Janiópolis (2); Moreira Sales (2); Araruna (1); Boa Esperança (1); Fênix (1); e Peabiru (1). A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, mosquito transmissor também da chikungunya, zika vírus, e febre amarela.

O aumento de casos tem preocupado a 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão que além de ações in loco nos municípios, vem intensificando a capacitação de agentes de saúde, que trabalham na linha de frente contra o Aedes aegypti.

Além de sempre buscamos orientar a população para os devidos cuidados, estamos sempre trazendo capacitações aos agentes de saúde da região para atarem preparados a lidar no dia a dia no enfrentamento do mosquito e também estar conscientizando a população com orientações de prevenção, falou a chefe de seção da Vigilância Sanitária da 11ª Regional de Saúde de Campo Mourão, Alessandra Granado.

Ela ressaltou o importante papel que a população tem para minimizar a incidência da dengue na região. A proliferação do mosquito transmissor tende a aumentar agora com as temperaturas mais quentes. É necessário que as pessoas eliminem todo tipo de água parada como vasos de plantas, garrafas, lixo, bebedouros de animais, entre outros onde as larvas do mosquito se criam, falou.

Alessandra lembrou que a mudança de estação – a primavera indica temperaturas mais altas e clima chuvoso- propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti. E quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.

Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas pet, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, ocos de árvores, bromélias e bandejas externas de geladeira. A prevenção deve ser constante, ressaltou.

Os casos mais graves da doença costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), dependentes químicos e pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras. A orientação é que todos busquem atendimento de saúde logo que apresentem os primeiros sintomas.

O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento do caso. Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados.

Paraná

O boletim semanal registra 454 casos confirmados de dengue no Paraná. São 100 casos a mais que na semana anterior, que apresentava 354. O Estado soma 4.084 notificações. As informações relacionadas ao controle vetorial comprovam que 77,5% dos criadouros estão nos imóveis comerciais e domiciliares, em recipientes que acumulam água parada, como vasos de plantas, garrafas, plásticos, sucatas, materiais de construção, fontes ornamentais, entre outros. O boletim mostra ainda dois casos confirmados de chickungunya no Estado, nos municípios de Araucária e Maringá. São casos importados.